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Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

O Conde e os 48 sem reino.


Desenho a esferográfica

Era uma vez, num condado muito, muito distante e por entre montanhas que o tornavam especialmente isolado do reino maravilhosamente governado por uma rainha sábia e astuta, de seu nome, Maria de Lurdes Rodrilhas. Esta rainha, adorada e idolatrada por todos os habitantes do reino, era famosa pelas suas populares medidas, que em boa parte agradavam à população, o que a tornava como uma deusa para os seus subordinados.

A contribuir para a sua popularidade estava o facto de pretender aproximar-se de uma desejada democracia, que aos poucos ia alcançando em alguns dos seus condados.

Foi no cumprimento do seu belo reinado que no mais pacato dos condados, onde as plantas floresciam e as famílias prosperavam, que seguindo uma velha e régia norma, se procurava encontrar um novo conde, que evidentemente teria que reunir as condições designadas por sua alteza a rainha.

Apesar do actual conde ser altamente conceituado e respeitado, ao ponto de quando reunidas as cortes, ao usar da palavra todos se prostravam para ouvir os seus doutos conhecimentos.

Era uma situação incompreendida por todo o vasto povoado, o porquê de questionar tão exemplar governação. Como era sua competência, lá foi explicando aos seus súbditos, que se encarregariam de divulgar por toda a cercania a obrigatoriedade de tal acto.

Foram então afixados prospectos nos locais habituais e que levariam de boca em boca o possível surgimento de um novo candidato a governante, que segundo o ponto de vista da população, só poderia ser uma pessoa desconhecedora da popularidade que o actual governante gozava no seu próspero condado.

Uma vez divulgados os prospectos e para espanto das cortes e da população em geral, apesar dos rumores já sentidos, surgiu um pretendente ao lugar de conde. Havia, contudo uma contingência: o pretendente teria que apresentar para constituir as suas cortes três viscondes. Era um acto difícil. Contactada uma primeira candidata a viscondessa e posta ao corrente da situação, afirmar-se-ia incrédula e algo confusa perante situação tão delicada. Esta candidata a viscondessa, apesar do seu nível de relacionamento com o conde governante e as actuais viscondessas não ser o desejável, após solicitação de audiência, acabaria por ser recebida nos reais aposentos, onde colocaria o governante mor ao corrente das novidades.

Dado que na maioria da população se assistia a um quase absoluto analfabetismo, eram escassos os recursos humanos existentes no reino, que possibilitassem de forma equilibrada a existência de candidatas a viscondessas. Foi então que o conde reinante uma vez tomado este conhecimento de áurea importância, mesmo sem reunir as suas cortes (facto que viria a ser internamente contestado) resolveria premiar a útil informadora com uma possível promoção a viscondessa nas suas cortes.

Ora, o surgimento de nova corte para combater a ora formada, seria tarefa delicada dada a escassez de doutas pessoas capazes de desempenhar as funções com a dignidade que a nação exige.

Após alguma pressões, aconselhamentos e contactos vários, eis que surge como do nada, vindo de territórios insuspeitos, uma dama com perfil adequado a viscondessa. Estaria, então, constituído um grupo de cidadãos de bem, (um conde, um visconde e duas viscondessas) passíveis de integrar as cortes, no seguimento da régia lei de sua eminência a rainha Rodrilhas.

Chegada a hora formal da apresentação dos pretendentes às cortes, foram cuidadosa e manuscritamente preenchidas as cartas, dada a dignidade que o acto impunha.

Em data regiamente definida, seriam afixadas nas praças públicas e locais habituais, os éditos informando da já longínqua opção por uma de duas cortes distintas.

O Ernesto Barbeiro, famoso nos seus dotes contra a caspa e contra o cieiro, ávido da curiosidade que o caracterizava e que possivelmente o tornavam numa pessoa medianamente informada, foi o primeiro a consultar os éditos. Este seu apetite pela novidade tornaria-o o primeiro a constatar uma diferença: O edital do conde governante fora redigido pelos seus digníssimos escribas, contendo apenas as assinaturas de sua excelência e suas subordinadas, ao passo que o édito do candidato, que estava ao lado, se encontrava redigido a pena simples, na sua totalidade. Esta situação constatada pelo senhor Ernesto apenas teria eco nos seus clientes, passando despercebida ao grosso da população.

Rezava ainda a régia lei, que os aspirantes a conde e  viscondes teriam que apresentar competências de trabalho redigindo um documento com as alterações a operar no condado. Obviamente que como o conde governante é mandatário oficial da rainha, esse documento ficaria nas sua posse até ser afixado publicamente nas praças e locais habituais como a régia lei o exige.

Uma vez cumpridos os prazos afixados, proceder-se-ia à escolha, acto de considerável avanço no reino em que vivia, pois cada vez era mais notório o afastamento desta nação a que futuramente se chamaria democracia.

Deve referir-se que antes da elevada escolha da população, surgiria um édito real a impedir os enfermos e os guerreiros em formação, de exercer o seu direito de expressão, tendo sido uma determinação muito debatida pela população, que acima de tudo a acatou por respeito à rainha enquanto soberana do reino. 

Após esse momento alto que constituiu a discussão pela posse do passo real, surgiram os resultados. Estranhamente, houve grande aderência da população, inclusive das classes mais baixas. Afixados as consequências do acto nos locais habituais, foi com enorme estranheza que se viu festejar mais a corte candidata (apesar da inferioridade alcançada no sufrágio) do que o conde reinante, que parecia estarrecido como que a fazer contas de cabeça. 

Temos conde! Temos conde! Gritava o povo, a pulmões abertos.

Foram dias de festa contida, apesar das faustosas comemorações com o repasto típico da região serrana e das pessoas prendadas da terra.

Mas o insólito viria a acontecer. O escrivão da corte, uma vez informado, deu como inválida a instauração do conde, dado que a escolha não fora coberta pela régia legislação. Foi um acontecimento incompreendido pela maioria da população dados os doutos conhecimentos do conde governante (que inclusive havia cursado direito), e do escrivão, pessoa desde sempre dedicada às letras e ao bom uso fazer delas.

Foi então enviado um mensageiro à rainha a explicar a situação, que dada a distância percorrida, demoraria a chegar a resposta, que viria a conduzir a nova escolha de condes e viscondes.

Uma vez chegada a aguardada e importantíssima anuência régia para o novo acto de escolha, este foi oportunamente divulgado ao povo, pelas formas em uso no condado, no dia oito, data que o conde em exercício sapientemente considerou adequada.

O povo, atónito, foi tentando buscar explicações para a origem deste édito e para a consequente segunda escolha de condes, facto que tornava o acto complicado.

Nova escolha; nova propaganda. Foi então forçosamente necessário reunir as cortes em exercício assim como as que se propunham exercer. Estas segundas veriam a tarefa complicada dadas as colheitas que urgiam fazer nas suas terras e que a não serem efectuadas atrasariam o calendário agrícola, podendo até inviabilizá-lo. As cortes em actividade optariam por indicar o seu conde como responsável por contactar todos os servidores do palácio e alguma população em geral. Seriam assim chamados à sala de inquirições, onde viam expostas as suas virtudes e qualidades de bons servidores da nação, apenas se conseguindo alcançar esse facto pela governação do conde, situação que exigia um sério compromisso com ele e só com ele. Nesta fria e arrepiante sala de inquirições, seriam assumidos argumentos "abonatórios" a favor dos condes e condessas candidatas, como o realce tecido à sua juventude (que agradaria especialmente a um visconde), ao seu gosto pelos produtos agrícolas mais produzidos no condado, o seu porreirismo (vocábulo que viria a constituir um neologismo dado desconhecer-se anteriores aplicações), tendo sido, em desespero, proferido que um outro conde de condado distante, ao conhecer o caso teria afirmado que se o condado mudasse de mãos seria um assassinato para o mesmo. Enfim... seriam aí também reavivados e reinventados salutares diálogos tidos em tempos de acalmia e que viriam a servir de forma agradável, como aliás se deseja, para recordar tempos idos.

O conde, visconde e viscondessas que pretendiam assumir o palácio, apesar de tardiamente, começariam a dar a conhecer mais uma vez o que pretendiam fazer no condado. Ao conversarem (tentarem) com grande parte dos servidores do palácio, foi com alguma consternação que viam o desconforto e o olhar estranho com que eram recebidos. Houve situações de servidores que se afastavam, numa atitude receosa de que do contacto adviesse algo de insólito. Viria a saber-se mais tarde que a governação não gostaria de ver os seus súbditos ocupados com leituras que não tivessem a ver expressamente com o exercício dos seus digníssimos afazeres. Numa tentativa de se dar a conhecer ao condado, circulando nas suas cavalgaduras pelos vários e belos povoados, conde e visconde, ao conversarem amenamente com os cidadãos viriam a saber mais novidades. E elas seriam de vários tipos e níveis de imaginação. Assim, soube-se que a corte candidata pretenderia transferir a terceira parte do condado para um condado vizinho; soube-se que o conde que pretendia assumir os destinos do condado, não se relacionava bem com ninguém no interior do palácio, sendo individuo que nada fazia nem sabia fazer. Foi também neste contacto com o povo, que conde e visconde ficariam a saber a que se deveu o envio de delegações de servidores, com vista o contacto com a população, em seu proveito, pois a presença do conde governante no terreiro poderia ser problemática em determinadas situações, (dada e estreiteza de algumas vielas…). Conde e visconde terminariam a cavalgada a saciar uma das mais básicas necessidades fisiológicas, que é a alimentação, degustando belos produtos da região, como os enchidos e o belo néctar, ao mesmo tempo que enviavam e recebiam mensageiros, colocando várias pessoas ao corrente das peripécias conhecidas durante o circuito regional efectuado, ficando conhecedores e perplexos face às novidades.

Terça feira, escrivão, coadjuvantes e trio de coadjuvantes auxiliares preparavam-se para iniciar sua nobre missão de receberem o população proposta a expressar as suas vontades, no digníssimo espaço bibliotecário, quando foram surpreendidos por uma norma imanada da delegação responsável pelo acto (nomeada pelo conde em exercício), segundo a qual apenas poderiam permanecer naquele espaço os três elementos principais (escrivão e coadjuvantes). A referida norma impediria também e de forma mais veemente que servidoras pudessem contracenar no local, o que segundo se soube viria a provocar momentos de azia, prontamente debelados por alguns contactos efectuados no átrio do palácio.

Seria neste átrio, que alguma da população seria cordialmente recebida pelos servidores do palácio, que de forma voluntariosa esclareciam toda e qualquer dúvida que pudesse surgir. Foi também nesta zona fronteiriça do palácio que ocorreria uma situação digna de apreço, pelo auxílio prestado em momento de tão difícil decisão. Chovia copiosamente, quando uma anciã, em esforço, alcançou o átrio do palácio, tendo sido aconselhada a regressar à sua charrete acompanhada da prestimosa servidora. Regressaria após breves instantes a anciã, certamente com as suas ideias mais clarificadas, e logo após e debaixo de chuva a servidora que a havia acompanhado. Enfim… Será sempre válida a presença de vários servidores do palácio no átrio principal para acolher de forma afável e acolhedora as populações que se deslocam certamente sacrificando suas vidas, especialmente em dia chuvoso como foi este.

Ao fim da tarde, em solene acto e na presença de condes e viscondes, foi dada a conhecer a estrondosa e apertada (48 continuavam sem reconhecer o conde) vitória que conduziria o conde e viscondessas governantes por mais três anos no governo do palácio.

Após as felicitações do protocolo, seguiram-se momentos de reflexão pelos elementos da corte. Eis que do fundo do palácio surge um horripilante e sinistro grito a várias vozes em uníssono mas que dada a sua imperceptibilidade causaria acrescida estranheza ao ex-futuro conde, que se deslocaria ao local a fim de constatar o ocorrido, ao que se deparou com grandiosas festividades por parte das e dos servidores, que por esse motivo emitiram as ressonâncias já descritas, e comparadas a um orgasmo colectivo em diálogo restrito na sala dos elementos da corte.

Foi já no rescaldo, que uma servidora do palácio, após informações de um elemento da corte acerca da similitude proferida, ousou dirigir-se ao ex-futuro conde e actual elemento da corte, sem lhe efectuar o acto de genuflexão ou quando muito o de veneração, com vocabulário próprio da sua condição, perante o sorridente olhar do conde vitorioso, que lhe estava alado. Eis que surge a D. Henriques, pessoa cujo prestigio já extravasou as portas do palácio, sendo demais reconhecida em todo o condado pelos seus méritos, e que remete a simples servidora aos seu lugar, de onde nunca deveria ter saído.

Chegada a marcante data da imposição das insígnias, que confeririam as reais delegações de sua eminência a rainha, eis que se reúne no salão nobre do palácio todo o pessoal servil, todo o pessoal servil, todo o pessoal servil, todo o pessoal servil, todos, mas todos os elementos da corte e um vasto número de população, para assistir a tão nobre acto.

Foi assim que continuou a salutar convivência (conveniência) entre condes, condessas e o pessoal servil, que continuaria a desempenhar o seu árduo papel por mais três anos.

A partir daqui vão viver todos muito felizes, sabendo o conde que uma ínfima??? parte do condado não partilha das suas ideias, mas sempre prevalecendo a áurea máxima de aumentar o número de servidores, ultrapassando o de elementos da corte, não venha o diabo a tece-las daqui alguns tempos, em que……. (alguém que continue , que eu vou retirar-me… de mansinho…cantando bem calado…)

Romance de um reino baseado em factos verídicos

 

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Artistas da Bola!..3


Maniche a marcar..

Portugal 1 - Holanda 0

Guarda-redes da Holanda a olhar  e a bola nas redes. Golo de Maniche que abre as portas da esperança.
Muitos cartões amarelos e quatro vermelhos. Duas expulsões para cada lado.
Com uma exibição sofredora Portugal derrotou a Holanda e está nos quartos-de-final do Campeonato do mundo de 2006.

 

Portugal a jogar

Árbitro a estragar

Maniche a marcar

Final está a chegar.

 

Sois uns bravos lusitanos
Sofredores sem rival,
Laranjas são repasto
Para a vitória final.

 

Scolari és afinal
Um homem de paixões,
Esperanças dás a Portugal
E a muitos corações.

Força PORTUGAL

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Recados da escola!..15


Final de Ciclo!..

Este ciclo de trabalhos dos alunos chegou ao fim.

Com certa ironia colocava os trabalhos de acordo com a situação do momento que podia ser política ou de critica à escola. Mas a maioria até foi para enaltecer o que os alunos faziam e a forma como gostavam daquilo que faziam. Esta foi a forma de além de divulgar e incentivar os alunos nos seus trabalhos, também ia fazendo a minha leitura da situação da escola e do momento político. Muitos dos alunos que viam os trabalhos quando se abeiravam de mim lá iam dizendo felizes "eu vi na Internet o meu trabalho".

Foi uma maneira de incentivar a maioria dos meus alunos que sempre que faziam um trabalho me perguntavam "Acha que este vai para a internet?".

Quanto à forma, sei que havia aqueles (não alunos) que discordavam que na apresentação dos trabalhos dos alunos e sempre que havia uma visão pessoal da situação de escola, achavam que não era apropriada. Mas também tive e foi a maioria, comentários de apoio e até e-mails de incentivo em algumas alturas mais criticas nos recados da escola. Para os alunos era também uma forma de ver como o seu professor olhava a escola.

Pois este ciclo de trabalhos chegou ao fim e para os "artistas" desejo-lhes umas boas férias.
Mas, o "Arte por um Canudo 2" continua...

Ver últimos trabalhos na própria aula em slideshow 

 

Deixo aqui o endereço dos trabalhos e outros recados da escola.

 

http://evtagostinho.no.sapo.pt/frtrabalhos12.htm 

 

http://olhagostinho.no.sapo.pt/frescola12.htm 

 

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Artistas da Bola!..2


Euforia do golo.

Portugal 2 - México 1

Portugal venceu o México por 2-1 e passou aos oitavos-de-final, mesmo assim, acompanha Portugal à fase seguinte.
Com uma equipa de 2ª linha Portugal fez um jogo sofrível, mas conseguiu a vitória e o 1º lugar no grupo. Holandeses ou Argentinos vão estar na rota desta caminhada para a vitória final.
A esperança continua!..

Pena foi que Angola não o conseguisse. Seria a grande festa.

À selecção

O México já dançou
O fado Lusitano.
O futebol não encantou
Só o objectivo foi alcançado.

Força Portugal

 

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Técnicas Várias!..

Técnicas várias!..

 

Transportar para o papel o que vai na ideia dos alunos, é representar a pureza da sua inocência, da sua imaginação, da sua criatividade, do seu empenho e da forma como gostam da escola. Vêem as coisas como elas são, na sua forma mais natural, sem subterfúgios ficcionistas como aqueles que dizem “na escola não se aprende”, e indiferentes às nuvens negras que pairam sobre quem lhes incute esta forma de estar, vão cimentando suas aprendizagens, como revelam os seus trabalhos, contrariando a lógica daqueles que dizem mal. (Ver trabalhos em slideshow).

Quando se fala na avaliação dos professores, todos são entendidos, falando mesmo daquilo que desconhecem, e só são ouvidos porque o que interessa é dizer mal, fazendo lembrar aqueles contos infantis do “Lobo Mau”, como se os professores já não fossem avaliados ou tivessem medo de qualquer avaliação.

Na minha forma de ver, a ministra da educação e todo seu staf, ao propor um projecto de revisão do E.C.D. (estatuto da carreira docente), soube muito bem estudar a comunicação social que temos, lançando como slogan desta revisão do E.C.D. que “os pais iriam avaliar os professores”, sabendo ela, que a comunicação social iria pegar nesta deixa para intoxicar a opinião pública, ficando caminho aberto para outros pontos muito mais gravosos para a carreira docente esquecidos (sem debate) e prontos a ser aplicados.

Pois, é o que está a acontecer, a comunicação social entretida a intoxicar a opinião pública, vai dizendo que os professores não querem ser avaliados pelos pais, as opiniões amontoam-se, uns são a favor e outros contra, mas a ministra tal como previra, como boa tecnicista que é, tem caminho aberto para as novas medidas, as tais que ninguém fala, muito mais gravosas para a carreira docente.

Não creio que as ideias da ministra quando forem transportadas para o papel, sejam como as dos alunos atrás citados, de pureza e inocência…

Sendo assim, está vista a comunicação social que temos, só falta é saber o que vai na cabeça da ministra….

 

 

                                                                                                                                                                                        "Arte por um Canudo 2" 

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Carta Aberta à Sr.ª Ministra da Educação

Carta Aberta à Sr.ª Ministra da Educação

 

 

Esta carta, que será divulgada também na comunicação social, tem como objectivo contribuir para a reflexão acerca da Qualidade da Educação do nosso país.

Neste sentido, e ao invés de contestar ponto por ponto a sua proposta de alteração ao Estatuto da Carreira Docente, os docentes deste país ficam-se pelas suas consequências, o tal efeito prático que a Sr.ª Ministra prefere dissimular num jogo falacioso e perigoso, atirando-nos, pais e professores, uns contra os outros.

 Embora tenha surgido como o maior engodo – o de chamar os pais à escola – da história da Educação deste país, na verdade, a avaliação dos Docentes pelos Pais e Encarregados de Educação, representa apenas uma ponta da ponta de um iceberg, uma linha de texto num documento de 54 páginas. Interessa apenas a quem se limita a promover manobras de diversão facilmente identificáveis, parecendo ignorar que nenhum professor sério irá temer se for avaliado de forma séria. É vergonhoso, até para nós que somos portugueses, verificar o calculismo e a facilidade com que a Sr.ª Ministra aborda a questão complexa, como é a de avaliar os desempenhos dos professores, sem o mínimo de profundidade, preferindo, sem olhar a meios, o populismo fácil e barroco.

 Recorrendo a meras hipóteses, se o novo estatuto fosse, numa eventualidade pouco inteligente, aprovado, o docente teria um número fechado de vagas para Muito Bons e Excelentes. Assim, perguntamos nós: e se, num acaso, os professores de uma escola excederem o número premeditado de Excelentes? Escolher-se-iam os melhores dos melhores e passar-se-iam os outros para Muito Bom e os que tinham a dita nota para o Bom? Ou, numa outra eventualidade, rasurar-se-iam as notas, de forma a não se levantarem polémicas no seio de uma escola que se quer unida e sempre controlada?

 Talvez se vislumbre uma resposta se se conhecerem melhor os dezasseis pontos em que o hipotético docente será avaliado, previsto no artigo 46º do hipotético novo estatuto:

. o professor será avaliado pelos resultados escolares dos alunos. Explicar-nos-á a Sr.ª Ministra como pode um professor de uma má escola, e em muitas “má” será sempre um doce eufemismo, ter o mesmo nível de qualidade na sua avaliação de um colega seu numa boa escola? Será então que os professores têm as mesmas medidas e oportunidades de uma boa avaliação? Ou, por outro lado, bastará que se avalie positivamente os alunos, independentemente da realidade?

. o professor será avaliado pelas taxas de abandono escolar? Certamente que no Ministério ainda andam à procura de uma resposta coerente a esta pergunta. Imaginemos que existe uma comunidade de etnia cigana numa escola ou que em determinada localidade, e não são assim tão poucas, os pais querem retirar os filhos da escola para que trabalhem com eles. Como pode o professor ser penalizado por uma situação como esta onde a responsabilidade não lhe cabe? Não se deveriam criar medidas coerentes para um mundo real? Neste caso como seria, então? Seriam penalizados todos os docentes daquela escola ou apenas daquela turma? Não será esta uma medida oportunista, em que se acusam os professores da incompetência, de um governo que não cria segundas verdadeiras opções para os jovens que abandonam o ensino ou que simplesmente querem mais? Não será esta medida economicista, visto que, deste modo, os professores ficam limitados na sua avaliação, o que prejudica seriamente a sua progressão e,  naturalmente, os impede de subir de escalão e vir a auferir um melhor salário?

. apreciação do trabalho colaborativo do docente? O que significa exactamente trabalho colaborativo? E para colaborar com o quê? Ou com quem? Terá a Sr.ª Ministra intenção de instigar ao mau ambiente na sala de professores ou a de tornar menos transparentes algumas avaliações? Haverá aqui uma vontade de tornar ambíguo o que se quer simples e preciso? Talvez, na sua visão, “dividir para reinar” faça um sentido que não cabe nesta profissão!

. apreciação realizada pelos pais e encarregados de educação. Consegue a Sr.ª Ministra avaliar com a exacta certeza uma pessoa que nunca viu e cuja imagem foi construída apenas por uma criança ou pelos comentários de outras? Serão todos os pais capazes de avaliar os professores através de quase nada? É essa a avaliação que pede aos professores, quando se trata de avaliar os seus alunos? Avaliar com pouco? Mas sempre num nível positivo, de forma a não transtornar os pais? A Sr.ª Ministra quer que nós acreditemos que uma avaliação realizada desta forma irá ser objectiva e transparente? Muito embora cada um dos pontos tenha um peso, que ainda não se conhece, tal questão parece-nos irremediavelmente condenada ao fracasso, pelo menos se observada de um ponto de vista sério e rigoroso.

. avaliação através da observação de aulas? Quais são os critérios adoptados pela Sr.ª Ministra? Imaginemos que decorre a avaliação de dois docentes distintos em dois locais diversos. Cada um dos quais está a ser medido por um hipotético professor titular. Imaginemos que são duas escolas em meios diferentes. Encontra-se a Sr.ª Ministra capaz de nos assegurar que ambas as avaliações serão correctas ou que, sendo invertidos os lugares, os docentes manteriam a mesma qualificação ou quase? Nestas contas entram factores demasiado subjectivos. Numa mesma escola, o mesmo professor pode obter dois níveis diferentes, se for avaliado, por exemplo, por titulares de distintas sensibilidades. Suponhamos, por outro lado, que a aula corre mal, porque o professor está engripado ou porque os alunos vieram de uma visita de estudo. Será sério avaliar todo um ano escolar com três visitas à sala? Será sério fazer depender a progressão na carreira desta forma?

 Os docentes passariam a ser avaliados em dezasseis pontos ou itens de classificação como lhe chama a Sr.ª Ministra. Destes, quinze são perfeitamente subjectivos, e um deles, o que respeita à assiduidade, o único preciso porque se trata de um número, a Sr.ª Ministra trata-o com a ligeireza que parece ser o seu maior dom.

A Sr.ª Ministra não se nega a coarctar aos docentes qualquer esperança, ainda que infeliz, de poderem assegurar o seu desempenho se caírem doentes numa cama. O professor passa, assim, a ser obrigado a cumprir 97% do seu serviço lectivo, se quiser progredir na carreira. À priori, esta medida parece ser finalmente a resposta aos pedidos dos pais e encarregados de educação dos nossos alunos. Será assim tão óbvia e tão simples esta leitura? Três por cento de faltas como máximo, representa cinco dias de faltas por ano? Explique-nos, por favor, a Sr.ª Ministra como justifica o facto de não poder estar doente. Fazemos notar que não falamos apenas de nós próprios, aqui também cabe a assistência à família. Repare a Sr.ª Ministra que os professores lidam com crianças, cerca de vinte e cinco por cada uma das cinco turma (em média, claro está), e que estas mesmas crianças adoecem e se constipam e nos constipam. E nós sabemos que às vezes mais vale ficar um dia em casa e recuperar a saúde, do que prestar um mau serviço público. Os docentes têm um grande respeito pela sua profissão. Nenhum professor sério falta para ficar a dormir. Teremos que “contagiar” toda uma escola necessariamente, em nome da graduação profissional, uma vez que só serão devidamente justificadas as doenças em regime ambulatório.

 Por outro lado, repare Sr.ª Ministra, pois talvez ainda não o tenha feito, que a grande maioria dos docentes está deslocada da sua casa, longe dos seus familiares. Esta enorme massa humana que se desloca pelo país, em milhares de quilómetros mensais, aos princípios e fins-de-semana, em veículo próprio, e que entrega dinheiro ao estado nos impostos de combustíveis, está muito sujeita a ter contratempos na estrada ou com a mecânica do seu automóvel, e que, a partir de agora, estes mesmos cidadãos manterão esta distância durante três e depois quatro anos!

 No que diz respeito às mães ou futuras mães, não compreendemos como pode a Sr.ª Ministra querer avançar com um estatuto que as espartilhará – a maternidade é um direito protegido pela Constituição da República Portuguesa. É-nos dito que, no decorrer desse ano, a docente não será avaliada, pelo que a mãe terá nesse ano a mesma classificação que lhe for atribuída no seguinte, ou seja, bastar-lhe-á faltar seis dias para que não progrida na carreira dois anos. Saberá a Sr.ª Ministra o complexo que é cuidar de uma criança durante os primeiros meses e anos de vida? Numa primeira fase, a do período do parto, o novo estatuto salvaguarda as mães para depois as deixar desamparadas numa segunda fase, como se a maternidade se esgotasse no acto de “dar à luz”.

 Contempla alguns destes dados na sua proposta, Sr.ª Ministra, ou prefere tratá-los com a distância da sua demagogia? Como quer a Sr.ª Ministra estabilidade docente, aquela que tanto aclama, convencendo apenas quem ignora a realidade do que é ser educador, se qualquer uma das acções que toma vai no sentido de criar instabilidade e insatisfação? Como quer a Sr.ª Ministra docentes produtivos e colaborativos se instiga ao fascismo redutor, como se lidasse com gente disposta a rebaixar-se aos seus pés sem que lhe fosse levantado um par de olhos? Como quer a Sr.ª Ministra um alto nível de rendimento escolar e uma enorme qualidade para a Educação quando atira medidas laças para cima de uma mesa, onde se discute o futuro?

 Este é um assunto sério, Sr.ª Ministra, nenhum professor está aqui para brincar! À Sr.ª Ministra interessa ter os pais do seu lado, independentemente dos meios, o que lhe interessa são os fins economicistas, cada vez mais sublinhados por cada medida que assina.

 Pretende convencer os professores deste país que um tecto ao fim de doze anos de carreira é um objectivo para quem tem que ser avaliado e classificado todos os anos? As demagogias criadas para iludir a opinião pública são os instrumentos de trabalho utilizados pelo estado, mas do tempo da outra senhora, quando a Sr.ª Ministra ainda tinha a esperança de viver numa democracia – se é que teve…

 Parece-nos que todas estas medidas foram lançadas ao ar para justificar o trabalho de alguns caciques que há muito não leccionam e que pululam de gabinete em gabinete na esperança, certamente vã, de lhe apresentar algum trabalho, uma vez que, somente quando já não tiver professores no seu ministério, vossa Senhoria ficará plenamente satisfeita.

 

Enviado por e-mail de um grupo de professores desrespeitados

 

Leiam ou vejam no "Diga lá Excelência"

http://publico.clix.pt/shownews.asp?id=1259464&idCanal=74 

 

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Momento de Cultural!.

Momento Cultural!.

Foi na sede da Associação Recreativa e Cultural “Os Amigos” que os nossos pequenos artistas se mostraram. Foram 19 as crianças que fizeram uma envolvência de floresta encantada. Os animais brincavam, os peixes saltavam, o rio corria, as flores coloriam, a velha lá andava e a fada também. Era um imaginário que saltava do Livro de Sophia de Mello Brayner Anderson “ A Fada Oriana”.

Pois, foi com o grupo de teatro dos mais pequenos (os nossos pequenos artistas) que estas cenas fizeram encantar todos os presentes. Foi um momento alto e riquíssimo de cultura que estes pequenos artistas levaram a Parada de Gonta.
Que pena não haver continuidade para estas crianças. Tantos talentos que são abandonados e desperdiçados neste país. Se o teatro tivesse “olheiros” como no futebol, teríamos estas crianças mostrando todo o seu talento por esse país fora.

Pela força e saber que transmitem a estas crianças nos ensaios, estão de parabéns a professora Sílvia e a professora Nela.

O nosso obrigado!..Força e continuem que estão todos de parabéns…

 

 

Ver mais fotos do teatro em Slideshow

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A festa é deles!..9º ano da Eb23 Lajeosa do Dão

A Festa é deles!

Os alunos do 9º ano, finalistas da EB 2,3 Prof. Mota Pinto, realizaram no dia 3 de Junho, a sua festa de despedida da Escola. Para isso, deitaram mãos à obra, construindo o palco para o conjunto e decorando a escola para receber os convidados. Como acontece todos os anos, a Festa de Finalistas foi cheia de surpresas. Este ano a festa não fugiu à regra.

Houve um jantar convívio abrilhantado com o conjunto "Panorama" que animou os presentes até de madrugada.

Os finalistas desta escola merecem-no, trabalharam para que as coisas corressem bem. Estão de parabéns!

Desejo-lhes boa sorte no seu percurso escolar.

 

Ver fotos dos preparativos em slideshow

 

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