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Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

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Recados sobre o Pinóquio!..

Pinóquio III

A história começa assim: (ver Pinóquio I e Pinóquio II )
Pinóquio é um aluno que vem de uma família desagregada que vive do rendimento de inserção social e nada quer da escola. E porque estamos em altura de avaliações, o pinóquio mais uma vez veio à baila. Deixo aqui três comentários que viraram post e que retratam o estado das coisas.

 

De PSICÓLOGA a 20 de Março de 2007 às 00:44

Este governo anda mesmo desgovernado.
Talvez a solução esteja em alguma mente brilhante da escola a que pertence.
Por este andar, o ideal seria criar escolas para bons e outras para pinóquios e... seguindo a mesma ideia, criar hospitais para sãos e aumentar os cemitérios para os doentes.
O grande problema para os professores não está nas turmas ditas normais, o problema está nas turmas com pinóquios. Aqui é que se vê quem é realmente bom professor.
Também na classe médica, um médico que ajuda a curar uma constipação, uma gripe ou uma amigdalite é um médico, simplesmente um médico. mas aquele que se debate com a vida e a morte a todo o momento e recupera o mais possível, é sem dúvida um médico, mas um bom médico.
Coitado do pinóquio... será que ninguém tem a capacidade de o ajudar a vencer?! O que é que o amigo bloguista tem feito para além do desejo de o ver pelas costas?!....

 

 

De Arte por um Canudo 2 a 20 de Março de 2007 às 16:18

Cara Psicóloga:
É o que se chama uma solução politicamente correcta. Como resolver um problema destes? Resposta fácil..Querem-no ver pelas costas. Já pensou em ter um filho na mesma turma? É que aos outros (alunos) não nos custa nada dizer que o têm que aceitar tal como ele é, claro não são os nossos filhos e coitado do aluno que não tem eira nem beira. O que se diz neste post é que apesar de haver várias instituições a tomarem conta do caso ninguém dá solução e olhe que também estão incluídos os Psicólogos. Várias estratégias já foram feitas e todas acabaram por não surtir efeito. Será que as mentes brilhantes ou essa capacidade de solucionar problemas só existem fora desta escola? Veja que quem acaba por ficar com ele é a escola, nos outros lados só de passagem, e o que queremos é arranjar uma solução em conjunto. Este post não exclui ninguém mas alerta para este tipo de situações. Não pode ser com esse tipo de soluções (querem-no ver pelas costas)que se resolvem estes casos.

 

 

De Jorge Lourenço a 28 de Março de 2007 às 14:16

Cara Psicóloga: é muito interessante o seu comentário. Retoricamente bem construído. Mas infelizmente não passa de mais um conjunto de pseudo argumentos falaciosos que se tornam verdadeiramente perigosos quando confrontados com a realidade. É com base nessas premissas que se tem construído uma escola ( e uma sociedade) que, sob a capa politicamente correcta da inclusão, não faz mais do que promover a mediocridade e cercear a possibilidade de potenciar as capacidades que quem, muitas vezes com muito esforço e sem reconhecimento, luta pelo seu próprio sucesso pessoal. A imagem do médico que só cuida "pacientes" sãos, ou que padecem de males menores acaba por ser patética. Eu colocaria outra questão, para pegar na sua imagem: se um médico for confrontado com 20 sinistrados, 19 dos quais, em estado mais ou menos grave, mas com viabilidade, e um já moribundo e que ainda por cima usa as últimas forças para recusar qualquer auxílio, qual lhe parece ser a atitude correcta? Investir tempo e meios neste, deixando morrer os outros 19 (e mais tarde este também)? Ou tratar os outros 19, salvando-lhes a vida? é que um professor é confrontado diariamente com turmas de 20 alunos, e tem de optar entre promover as potencialidades dos bons, ou até dos menos bons, mas nunca deve deixar estes 19 para se perder tempo ( e uso aqui o termo em sentido literal) com um qualquer Pinóquio.
Eu, enquanto professor, prefiro investir em desenvolver e trabalhar as potencialidades daqueles que lutam pelo seu sucesso com trabalho e empenho, do que perder o meu tempo com os Pinóquios deste mundo. Eu aposto na qualidade e não a ponho em causa por um qualquer medíocre. Mas certamente a minha cara Psicóloga, enquanto tal, será a mais indicada para lidar com os pinóquios... ou talvez não! Se calhar é graças a uma cultura da mediocridade sustentada por pessoas que pensam como a Srª que existem hoje tantos pinóquios neste mundo... e não é só nas escolas!!
Um abraço Agostinho.
Jorge Lourenço

 

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