Simplex…na gestão das escolas.
Simplex…na gestão das escolas
Este grupo, juntou-se no restaurante “O Morgado” em Laceiras- Cabanas de Viriato, com o objectivo de apreciar a boa mesa de que este é conhecido e também como qualquer profissional da educação que se digne de gostar do que faz, debater a qualidade da escola, passando esta pela gestão, suas perspectivas e projectos a nível de escola.
Depois de analisado o Dec. Lei 115A/98 que define as regras para a gestão das Escolas /Agrupamentos, foram constatados os grandes condicionalismos que a lei cria para a candidatura aos órgãos de gestão de um Agrupamento / Escola. Creio que é altura do governo do Eng. Sócrates incluir no seu pacote de simplificação da administração pública, o chamado “Simplex”, medidas de simplificação e mais democráticas para candidatura à gestão das escolas. Segundo o Dec. Lei 115A/98, para concorrer à gestão das Escolas / Agrupamento é preciso o Curso de Gestão Administrativa e que os elementos da lista pertençam a cada um dos ciclos do Agrupamento de Escolas, o que à partida limita o acesso à constituição de uma lista.
Passo a explicar, um Agrupamento de Escolas que seja constituído por Jardins de Infância, Escolas do 1º ciclo e Escolas do 2º e 3º ciclos, têm que estar representados na gestão sendo indiferente os dois representantes do 2º e 3º ciclo, que podem ser ambos do mesmo ciclo. O que acontece é que a maioria dos Agrupamentos de Escola são pequenos e existem casos de só terem três educadores de infância e alguns ainda menos. Sabendo-se que qualquer lista que tenha a intenção de concorrer tem que integrar uma destas pessoas para a gestão, seja boa ou má profissional, se assim o desejar é convidada para fazer parte da lista, porque não há alternativa.
Também acontece que existem aquelas/es que não têm apetência para estes cargos e recusam-no, tornando o leque de escolhas mais apertado e limitando assim a gestão democrática ou o livre acesso a uma candidatura a sufrágio. Nestes casos ainda mais complicada se torna a disputa de duas listas concorrentes por uma pessoa, mas sabendo-se à partida que só uma lista vai a sufrágio e essa é aquela que conseguir cativar a tal pessoa que está disponível, independentemente se é boa a má profissional.
Por isso alguns presidentes de Agrupamentos/Escolas se pavoneiam e se eternizam nos cargos de gestão das escolas sabendo da impossibilidade dos outros, mesmo que a sua competência para o cargo seja duvidosa com as consequências muitas vezes tão faladas.
Senhores governantes é imperativo que se apliquem nestes casos as tais medidas de simplificação para que haja democracia nas Escolas/Agrupamento.
Para quê cotas de participação de cada um dos ciclos? Se são professores do Agrupamento, à partida esses professores já têm a sua representação nos diversos órgãos de apoio à escola. Então porquê a obrigatoriedade de cada um deles nos Órgãos de Gestão?
"Arte por um Canudo 2"