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Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

Dia da Mãe - 2009

Lembrar o Dia da Mãe.

Os alunos do 5º ano não deixam passar nada e logo me recordaram que o 1º Domingo de Maio é o Dia da Mãe e queriam fazer algumas lembranças para oferecer. Disse-lhes que é um gesto que os pais vão apreciar e foi-lhes pedidas sugestões sobre o que gostariam de oferecer. Claro que apareceram sugestões para todos os gostos, desde aquelas muito elaboradas em que era quase tudo comprado até aquelas que pouco tinham a ver como lembrança para as Mães. Partindo dos materiais que tínhamos lá na sala, porque também foi sugestão de alguns, decidimos por unanimidade (neste aspecto são versáteis) fazer umas caixinhas decoradas a seu gosto para colocar uma mensagem pessoal dirigida à mãe. Mãos à obra!..

Nas fotos estão incluídas lembranças de anos anteriores.

Domingo,3 de Maio, a todas as Mães.. Feliz Dia da Mãe!..

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Dê Sangue!..


 

 

 

Dar sangue é salvar vidas. Dê a oportunidade de viver aos outros...faça como  se fosse consigo.

Recolha de sangue, dia 29 de Abril (quarta-feira) na EB 2,3 Prof. Mota Pinto - Lajeosa do Dão.

Venha até cá..junte-se a nós e vai ver que não custa nada.

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Comemoração do Dia do livro

Dia do Livro- Liberdade BE-CRE

Foi elaborado pelo Departamento de CHS da EB 2,3 Prof. Mota Pinto para comemoração do Dia do Livro a 23 de Abril, mas é colocado aqui para divulgação e para o pessoal de EVT, como sendo um excelente recurso que traça a história da escrita e do livro que pode ser dado nos conteúdos de Comunicação e Área de Exploração sobre a Encadernação.
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35º Convivio do GT

O Grupo do Tacho comemorou o 25 de Abril com o 35º convivio.
Reunindo-se no restaurante de canas de Santa Maria mais conhecido por " O restaurante das bombas", o Grupo do Tacho juntou 16 comensais à volta duma Paelha e regada com o bom néctar da região. Depois fomos visitar a casa do penedo da moura, um excelente local bem requalificado paisagisticamente e dum gosto requintado mantendo a traça do campo. Foi um excelente convivio até às tantas. Depois foi a colocação deste vídeo em casa dum elemento do GT com música original do Opulência, grupo que pertencia a Parada de Gonta.

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Onde pára o 25 de Abril?


Desenho a lápis de cor e aguarela

 

Foi há 35 anos!..

Que se deu o despontar de uma aurora na penumbra das trevas que amordaçavam o país, numa morte sem esperança para o povo português, que nasceu a liberdade acabando-se com o medo.

Foi o eclodir da esperança dum povo de olhos vendados que não tinha direitos, era injustiçado, não tinha liberdade de expressão, era psicologicamente amordaçado pela censura, não promovia a paz e fazia a guerra sem questionar porquê.

Recordar as conquistas de Abril com o regresso dos políticos exilados, as grandes manifestações com os cânticos de esperança que enchiam qualquer praça, o poder de discutir e dar a sua opinião nas assembleias, o escrever sem medo, o poder de pertencer como homem livre a qualquer órgão ou instituição, lutar pelos direitos do trabalhador, fazem parte do baú que hoje, passados 35 anos da Revolução de Abril, parecem estar a desvanecer.

Passados 35 anos a esperança do povo de Abril vai-se desvanecendo à medida dos anos passados. A sociedade de lazer que estava prometida não chegou. Com o advento da globalização certos direitos começaram a ser postos em causa com o objectivo da produtividade e do lucro, o homem torna-se uma máquina produzindo cada vez mais, e sempre com objectivos de lucro mais elevados, levando a que haja mais produto para vender do que aquele que pode ser comprado, dando-se o colapso e abrindo uma crise financeira que não se sabe quando terminará.

As conquistas de Abril foram-se desvanecendo e foram postos em causa os direitos dos trabalhadores, o direito ao trabalho, a fome começa a imperar, a liberdade de se expressar a ser questionada, a degradação dos valores morais e éticos foi uma constante, a falta de solidariedade, tudo fruto do egoísmo dos homens em favor dum capitalismo selvagem do qual os nossos governantes também foram responsáveis.

Como tudo neste país, vai-se perdendo o verdadeiro sentido de Abril, mas recordo com orgulho o ter assistido a data tão importante (ver a minha 1º lição sobre Abril) e tenho esperança que o verdadeiro significado do 25 de Abril ainda venha acontecer.

 

O sentir dum emigrante (num comentário)

Emigrante não defendas
O Portugal do passado
Vê bem que dele fugiste
Por tudo te ter negado

Teu Portugal é o de hoje
O de ontem nunca foi teu
Não te iludas não defendas
Quem nunca te defendeu

P'las portas que Abril abriu
Podes entrar à vontade
E sem medo ergueres bem alto
Teu grito de Liberdade

P'las portas que Abril abriu
Entras sem amo e sem aio
E verás que hás-de encontrar
O teu 1° de Maio

Do amigo Zé Carrapato

 

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O sentir dos professores.

 

Em reunião havida ontem, dia 23 de Abril, entre os professores da escola e os representantes da plataforma sindical, sobre propostas de novas forma de luta para o 3º período, ficou-se a perceber o cansaço que esta batalha provocou e o “receio “ de que novas lutas venham trazer mais desconforto à classe.
Soube-se que além do modelo de avaliação de desempenho e do modelo de gestão escolar contestados até agora, existe outra lei que está a fazer mossa nalgumas escolas que é a abrangência aos professores do código de trabalho e da famosa Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro que aprovou a revisão do Código do Trabalho. Ela está aí e já faz mossa.
São muitas frentes e o receio de nova vitória com maioria dos actuais governantes pode trazer “desforra” sobre a classe.

Da reunião, ficou-se pela manifestação nacional, como sendo a forma mais unânime, sem descurar outras formas de acção que apelem à opinião pública sobre a justeza destas lutas.

Os sindicatos e os movimentos que se juntaram nesta contestação que levou milhares de professores para as ruas têm agora uma tarefa muito importante, é o de conseguir mobilizar novamente a classe, apesar dos receios do que possa depois acontecer.
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Encontro Inter Escolas e Jardins de Infância

Realizou-se ontem, dia 21,na nossa escola,  o Encontro Inter Escolas e JI, projecto VIVAESCOLA desenvolvido pelo Pelouro da Cultura da CMT, com a participação dos  professores das AEC do 1º CEB e JI  e alguns alunos da Escola Profissional de Tondela.
       Este projecto promove actividades lúdicas para os JI e actividades Física e Desportivas, Música e Expressão Plástica e Inglês para o 1º CEB.
      Todas as Escolas e JI do Agrupamento, participaram entusiasticamente nos novos jogos, actividades lúdicas e desportivas. Sem duvida que a a possibilidade de ser "bombeiro" por alguns minutos intervencionando um fogo, socorrendo a professora ou AAE e a participação numa descida de slide, foi o momento alto de todas as actividades.
      A todos os que proporcionaram às nossa crianças estes momentos de puro deleite...o nosso BEM HAJA.
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Professor: Alvo a abater

Nesta sexta-feira dia 13 de Março de 2009 pensei que seria uma experiência interessante registar o que me acontece num dia ou numa semana de trabalho típica. Devo dizer que a minha profissão é a de professor, pelo que, nos tempos que correm, sou um alvo a abater.
 Adiante.
Nesta sexta-feira, as principais ocorrências de carácter disciplinar (que é como se chama modernamente à má educação, marginalidade e brutalidade), foram as seguintes:
- 8.00 horas - O aluno Raimundo da turma especial do 6º ano espancou o aluno Eduardo, da minha Direcção de Turma, a 2 metros do portão da escola. Sem qualquer motivo. Apeteceu-lhe.
- 12.30 horas - O aluno Raimundo da turma especial do 6º ano, na cantina da escola, entornou alguma água no seu tabuleiro, e exigiu que o aluno Hermínio, da minha Direcção de Turma, limpasse a água com um guardanapo. Como este se tivesse negado, regou-lhe a comida toda com o conteúdo inteiro de uma garrafa de litro e meio de água. A comida ficou impossível de ser consumida, pelo que o almoço do aluno foi meio papo-seco oferecido por outro aluno.
- 14.30 horas - Tive conhecimento do sucedido, redigi as participações disciplinares e procurei o aluno Raimundo, que tem 17 anos, anda no 6º ano, mede 1.80m e desde que entra até que sai da escola tudo o que faz é agredir, insultar, ameaçar e destruir. 
Perguntei-lhe o que se tinha passado.
Respondeu-me: 
"Bati no Eduardo do portão para fora, por isso você não tem nada a ver com isso, e aquilo da água na comida do Hermínio é mentira".

Avisei-o para que não tocasse mais nos meus alunos. Riu-se e disse:
- "É só se não me apetecer".

-Redigi nova participação disciplinar. Será mais uma para o monte. 

Inútil.
- 15.25 horas - Na fila para o bar, o aluno da minha Direcção de Turma Carlos Daniel, foi espancado por um aluno dos Cursos de Educação e Formação, de nome Fábio, sem qualquer motivo. Apenas por desfastio.
Nova participação disciplinar, relatório, recado nas cadernetas, cópias para o Director de Turma do agressor, para o Conselho Executivo, para o meu dossier, cartas registadas.
- 16.00 horas - A minha aula é interrompida por uma gritaria enorme. Ouço uma mulher a chorar. Ao lado de um cacifo destruído, o aluno que agredira os meus dois, de manhã, ria-se na cara da funcionária, que entrara em desespero por ele estar a destruir o cacifo e não lhe obedecer. A funcionária chorava convulsivamente, na medida exacta em que ele a insultava, chamando-lhe um pouco de tudo o que se possa imaginar. Chamei o vice-presidente, que pediu ao aluno para o acompanhar. O Raimundo afirma peremptoriamente que não fez nada (!!!).
Chama-me mentiroso. Diz que me f**** os cornos à saída. 
- 16.30 horas - O aluno Fábio (o da agressão ao Carlos Daniel) é expulso da sala de aula contígua. Recusa-se a sair. A professora pede ajuda e as funcionárias fogem. Naturalmente, acudo. O indivíduo, refastelado numa mesa e a rir-se às gargalhadas, galvaniza toda a turma numa espécie de delírio colectivo. É o caos. Peço licença à colega, pego nele e ponho-o na rua.
- Você tem a mania que é esperto, qualquer dia f***-se! Sempre a meter-se onde não é chamado!... 
 Mais uma participação disciplinar, com todo o cortejo de procedimentos burocráticos associados, e para nada.
Entrei às 8.15 horas. Às 17.30 acabou o meu período de aulas, com 50 minutos de almoço. Dei sete blocos de aulas, no meio de indisciplina, e todos os meus intervalos, mesmo o do almoço, foram ocupados a preencher papéis referentes a estes casos mais flagrantes de indisciplina. Não têm conta os palavrões que ouvi, as gritarias nos corredores, os insultos velados ou pelas costas de modo a não se identificar quem insultou, ou não se "ter provas".
É fácil de imaginar o estado de nervos em que se trabalha. A disposição, a clareza de raciocínio, a inspiração, tudo se dissolve debaixo desta contenção forçada, deste caos, desta selva sem lei a que se está sujeito. Todos os dias.
 Segunda Feira 16\03
Nesta segunda-feira apresentei-me ao serviço às 8.15 horas, como sempre, e com a esperança sincera de não ter que escrever nada na entrada de hoje. É todos os dias a mesma coisa. Todos os dias eu desejo que seja um dia sem "casos". Não foi:
- 10.3o horas - Duas alunas entram na sala aos gritos, numa discussão do tipo Morangos com Açúcar, teatralizada até à náusea, com asneirões pelo meio. Duas faltas disciplinares, procedimentos burocráticos da praxe, e os habituais protestos de que "não estavam a fazer nada", mais as ameaças de chamar alguém do Conselho Executivo para as pôr fora da sala.
- 12.30 horas - Passo nas imediações da cantina, e na fila, um aluno do 9º ano, velho conhecido, bate com as cabeças de dois alunos do 5º ano uma contra a outra. Ria-se para as colegas de turma e afirmava estar a "descarregar o stress". 
Trata-se de um aluno cujos pais vêm sempre à escola ameaçar com queixas e com tribunais todos os professores, funcionários ou alunos que reajam aos numerosos abusos que comete todos os dias e a toda a hora. É genuinamente mau. Famoso nas redondezas por alvejar gatos e cães com tiros de carabina (oferecida pelo pai especialmente para o efeito).
Uma queixa de um aluno destes implica meses de transtornos diversos, devassas da vida pessoal, ameaças anónimas, etc.. Acerco-me e pergunto o que se passa. Meio tontos, os garotos do 5º ano afirmam que estão todos "a brincar". Não adianta prosseguir. Sustentarão essa versão até ao final das suas vidas, se preciso for, para evitar serem seriamente espancados pelo Abílio, o agressor. Afasto-me, debaixo dos risos sarcásticos dos meninos e das meninas da turma do "herói".
- 13.o5 horas - Uma rapariga que coxeia e tem uma acentuada deficiência numa perna, passa nas escadas e um aluno do CEF (Cursos de Educação e Formação), com ar mais boçal que se possa imaginar, dispara:
- Hã... hã... cande é que quemeças á andar como deva ser?...
Fico aturdido, incrédulo, e escapa-se-me:
- Desgraçado!
- Qué que foi? - responde o aluno do CEF, com toda a insolência.
- Então tu estás a fazer troça de uma rapariga deficiente? - digo eu.
Resposta dele:
- Eu não lhe chamei deficiente. Só disse cando é quela quemeçava á andar como deva ser!
Não vale a pena apresentar queixa. Por estranho que possa parecer, o "argumento" dele ganhava, no actual estado de loucura que tomou conta das escolas.
- 14.45 horas - Alunos de uma turma CEF que foram expulsos de uma aula, correm pelos corredores, empoleiram-se nos muretes e pontapeiam as portas das salas. As funcionárias procuram correr em sentido contrário, por forma a não poderem testemunhar nada nem intervir. Alguns professores, timidamente, assomam às portas. Sabem que nada podem fazer sem correrem riscos sérios de agressão e outras represálias. Procuro conter-me. 
- 14.55 horas - O barulho, as correrias, as patadas nas portas, as pancadas nos vidros, continuam. Saio da sala e peço a caderneta do aluno a dois dos "foliões". Um deles sai-se de pronto com o clássico:
- "Eu não fiz nada!". E ri-se, com ar de gozo.
Passam-me coisas pela vista, as pernas fraquejam, sinto um nó no estômago e tonturas. Pego na lata de Coca-Cola que ele tem na mão, esmago-a com a minha mão, e peço-lhe de novo a caderneta. 
São quatro cadernetas a preencher. Mais uma quantidade de burocracia.
- Volto à sala de aula, estou no meio de uma explicação particularmente complexa, e uma aluna resolve levantar-se para me perguntar se vi o estojo dela (!!!). Continuo a falar e ela a perguntar, ininterruptamente. Chega-se ao pé de mim e no meio da explicação só digo: "Por amor de Deus, vai-te sentar". A aluna continua a matraquear, quase em cima de mim: "Onde está a minha bolsa? Onde está a minha bolsa? Onde está a minha bolsa?".
Mais uma falta disciplinar. Os alunos resmungam que é uma "injustiça". Apetece-me sair da sala imediatamente e ir para casa. A muito custo, contenho-me. Sinto que me vai rebentar qualquer coisa na cabeça.
- 16.45 horas - O funcionário pede a minha ajuda para desalojar três rapazes, um do CEF e dois do 5º ano (!!!), que sequestraram três raparigas nas casas de banho femininas. As raparigas gritam que se desunham, mas quando chegamos à porta, saem com ar de quem acaba de descer da montanha russa. Eles recusam-se a acompanhar-nos à Gestão. Não podemos tocar-lhes, ou seremos acusados imediatamente de agressão. Mais papéis, relatórios, participações, cartas registadas, entrevistas, acariações.
A Psicóloga da escola está no Gabinete do Executivo, quando vou entregar a papelada. Acusa-nos de não sabermos lidar com os miúdos, que "têm muitos problemas em casa".
Tenho 50 anos. Não é fácil mudar de emprego nesta idade.
Hoje "almocei" e "lanchei" Actimel. Não dei propriamente aulas. Mantive animais selvagens dentro de uma sala, em cativeiro.
 Post-Scriptum: Já estou em casa. São 20.20 horas.. Entrei às 8.15 e tenho ainda um serão de testes e trabalhos para ver, mais as burocracias de actas e outras. Uma vista de olhos pelas notícias do Público, e verifico que uma aluna CEF agrediu violentamente uma professora em Aveiro. Medina Carreira terá dito que as escolas actualmente são uma bandalheira. Eu acrescento que são um inferno.
 (.... ) Terça Feira 17\03 
Não é por ter decido relatar esta semana em termos de indisciplina que estou mais atento para ela, ou que guardo alguma expectativa. Sobretudo por causa disso até gostava de ser agradavelmente surpreendido com um dia sem problemas de maior. Infelizmente ainda não foi hoje...
8.15 horas - Quando passo o portão, os quatro alunos da ocorrência ("ocorrência", até já usamos linguagem policial) de ontem 14.55 horas lançam um grito:
- Ó setôr, quando é que dá as cadernetas que ontem roubou à gente?
Hesito. O que fazer? Os pais olham, com ar crítico, e imagino-lhes a conversa, "Ao que isto chegou... "Eles" não se dão ao respeito e depois admiram-se...". O costume.
No caso de eu ir pedir satisfações aos meninos, estes rir-se-iam na minha cara.
No caso de eu apresentar a queixa, na Gestão achar-me-iam "picuinhas".
No caso de eu espetar duas lambadas nos meninos, era uma chatice das antigas... 
10.20 horas - O Carnaval foi há umas semanas. Um aluno apareceu-me completamente encharcado. Não foi um balão de água. Foi um saco de água. "Brincadeiras"...
12.15 horas - Uma pedra do exterior atingiu um aluno na cabeça. Ninguém viu...
13.50 horas - No intervalo, o tal aluno de nome Raimundo, da turma especial, andava a apalpar e beijar as funcionárias todas. Vi de longe e fui pela escada, dei a volta pelo 1º andar, para não ser obrigado a passar calado, ou, em alternativa, apresentar mais uma participação e esta ser desmentida pelas funcionárias, que têm medo dos alunos - e é caso para isso.
14.30 horas - O barulho é insuportável. Saio da sala para ver o que se passa. Uma festa de boas-vindas a um aluno que esteve gravemente doente, descambou num caos. É uma turma do 5ºano. À janela, um dos alunos grita obscenidades a quem passa, enquanto a professora tenta desesperadamente pôr ordem na turma, que perdeu o controlo. O aluno que está à janela é um dos que ontem invadiu a casa de banho das raparigas. Os pais, quando (raramente) resolvem aparecer na escola para tomar conhecimento do comportamento dele, dizem para a Directora de Turma:
- Só se a gente matar o rapazeco...
É gente que vive do tráfico de drogas.
Às 16.30 horas acabei as aulas do dia.
O saldo não foi mau, em termos relativos. Agora estou a escrever estas breves linhas no intervalo de trabalho administrativo. Estou a tirar faltas e a lançá-las no sistema informático, e a redigir cartas para os Encarregados de Educação para enviar em correio registado.
 Hoje almocei, dei seis blocos de aulas e tenho agora duas horas de trabalho em que ninguém me aborrece, como em qualquer profissão. É pena que seja trabalho burocrático, repetitivo, redundante e sem interesse para mim. Eu escolhi ser professor. Não o tenho conseguido ultimamente.

Recebido por via email do irrelevante

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Postal de Parada de Gonta..33

 

 
 
Uma saída do trabalho na Fábrica de Lanifícios em Parada de Gonta. 

Esta fábrica de Lanifícios, foi em tempos pólo de desenvolvimento da aldeia e por muitos anos alimento para as gentes de Parada de Gonta e vizinhança. Construída em 1870 nas margens do Pavia, aproveitando uma queda de água, trabalhavam ali dezenas de paradenses produzindo diversos tipos de tecido, cobertores e várias peças de vestuário, que seguiam para as cidades e o estrangeiro.
Em 1975, já nas mãos dos herdeiros da família Correia Teles, um incêndio destruiu esta indústria de Lanifícios, não mais sendo recuperada como fábrica.

Possui, actualmente, novos proprietários, e faz parte do espaço turístico chamado Quinta dos Três Rios.

 

Fonte: http://paradadegonta.blogs.sapo.pt/7209.html

 

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Ameaça de neblina no reino da educação.

 
Pairam no ar nuvens cinzentas prontas a transformarem-se em negras neste 3º período de aulas, final de ano lectivo, se as ameaças se concretizarem.

Os sindicatos dos professores ameaçam realizar novas manifestações para o terceiro período deste ano lectivo, que começou esta terça-feira, devido à avaliação docente e revisão do Estatuto da carreira.

A Plataforma Sindical dos Professores declarou a possibilidade de convocar uma greve nacional contra as políticas do Ministério da Educação para a semana que termina a 16 de Maio e uma outra que se deverá realizar também no terceiro período, adianta a Lusa.

Na semana de 20 a 24 de Abril, os sindicatos vão realizar uma consulta geral aos professores de todas as escolas do país, com objectivo de ouvir os docentes sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente e o modelo de avaliação.

Avaliação dos professores é uma fraude, diz Paulo Guinote, autor do blog «A Educação do Meu Umbigo», que vai lançar livro homónimo. Na entrevista dada ao tvi24.pt, afirma que O ataque ao sistema de avaliação dos professores foi uma das suas bandeiras. «Seja qual for o desfecho que tiver estas lutas nada seria como dantes. O clima das escolas está muito pior do que há quatro anos e isso não teve nenhuns reflexos positivos junto dos alunos, principalmente porque houve um desgaste na escola, enquanto instituição. Todo o processo devia ter sido conduzido doutra forma, porque o que existe neste momento é muito cansaço e desgaste», vincou Paulo Guinote, que não tem problemas em ser implacável.

O principal cavalo de batalha do Mistério, na prática, foi perdido. Este processo de avaliação é uma farsa, uma absoluta fraude, porque o simplex transformou a avaliação numa coisa que não sabemos o que é. Foi um processo não deu em nada, não trouxe vantagem nenhuma às escolas, trouxe enorme conflitualidade e ninguém está a dar melhores aulas, nenhuns alunos estão a aprender mais por causa disto.[1]

O Movimento PROmova vai propor a garantia de apoio jurídico aos professores que, em coerência com os seus princípios, não participem em nenhum acto relacionado com este modelo de avaliação e, em conformidade, não entreguem a Ficha de Auto-avaliação, substituindo-a por um Relatório Crítico.

Entretanto a avaliação continua e vai-se entrar na 2ª observação de aulas assistidas (apesar das nuvens que pairam no ar) à espera doutros sinais que clarifiquem a situação.  


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Deu para sonhar!..

 

Cristiano Ronaldo olha para a bola e...acabou com o sonho do Dragão.

Grande golo..mas na minha opinião Helton (adiantado) foi surpreendido com o remate que em condições normais o guarda-redes tinha a obrigação de defender.

Uma falha um golo, assim se aproveita e se vê a fibra dos campeões...

Parabéns ao FC Porto que fez sonhar os Portistas e muitos outros de outros clubes.

Parabéns ao Manchester United e ao Cristiano Ronaldo que é marca Portuguesa.

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Regresso às aulas - 2009


Desenho a Lápis de cor

 

Depois das festas..o regresso às aulas.

Para todos os Estudantes que passam por este blogue ficam os votos de sucesso académico para o 3º período, nesta terceira etapa do ano lectivo de 2008/2009. Com empenho e trabalho tudo se consegue.

Para os professores as medidas anunciadas sobre avaliação dos professores, só para aqueles que requereram o Muito Bom ou o Excelente, vão ter que ser concluídas com a assistência às aulas por parte dos avaliadores para que o processo finalize até Dezembro de 2009. Para os outros que por razões óbvias não requereram a dita avaliação da componente científico -pedagógica, vão continuar a dar o seu melhor com profissionalismo porque os alunos são a razão do seu ser.

O novo modelo de gestão das escolas, tendo como figura o Director de Escola, vai ter que também ser concluído até finais de Maio de 2009.

São duas etapas que mudam completamente com a organização da escola e até agora muito contestadas que vão ter que ser concluídas neste terceiro período de aulas, ficando a parte jurídica da contestação para mais tarde.

A todos os Professores, alunos e outros Actores Educativos..Bom Trabalho!..

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Visita Pascal na Lage da Cruz

Hoje, dia  12 de Abril de 2009, é dia da Visita Pascal.

Pelas 8 horas da manhã começa a missa da ressurreição e pelas 10 horas sai o compasso para percorrer a aldeia. A aldeia tem 46 Avenidas/ruas e para isso a sua cobertura é feita com 2 cruzes sendo o seu recolher cerca das 20 horas com o encontro entre as cruzes no terreiro seguida de procissão até à Igreja Matriz de Parada de Gonta. O recolher é uma festa e Parada de Gonta já é conhecida pelo recolher das cruzes.  

Quase todas as pessoas da aldeia e muita gente de fora  vêm assistir à procissão, esperam no terreiro a união das cruzes para de seguida  as acompanharem e fazerem o percurso do terreiro até à Igreja.

É uma romaria com devoção, mas também com muita alegria depois de um dia farto de comida. Lembro, que é típico o cabrito ou borrego assado no forno a lenha, bem regado com um vinho do Dão.

A Rua e o Bairro da Lage da Cruz intimamente ligados não fogem à tradição com as suas gentes na azáfama do dia pascal. A tradição manda que o vizinho acompanhe a cruz até à casa seguinte, mas a maioria das pessoas da Lage da Cruz fazem questão de acompanhar a cruz ao longo de todo o bairro, chegando a juntar-se em cada casa muitas dezenas de pessoas, mantendo assim a boa vizinhança que reina neste bairro. A tradição da boa vizinhança rege-se também por as pessoas se servirem dos fornos (muito à moda antiga, tipo comunitários) onde assam o seu borrego ou cabrito com batatas.

Recolhe o compasso, assiste-se à despedida feita pelo padre, estalam-se uns foguetes e acabou a festa.

Até ao ano...

 

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Via-Sacra em Parada de Gonta - 2009

      Cito  o post feito da Via-Sacra-2008, os protagonistas é que são outros ( o João em 2008 e o Dennis em 2009, figurantes de Cristo) na representação dos actos ou estações falando em termos religiosos. As  fotos do slide show são as da Via-Sacra-2009.

     "Organizado pela Associação Cultural Recreativa e Cultural “Os Amigos de Parada Gonta”. Realizou-se a Via-sacra, que teve como ponto de partida com o 1º acto na Igreja Matriz de Parada de Gonta, percorreu parte da aldeia e acabou com o 15º acto novamente na Igreja Matriz de Parada de Gonta.

O que é a Via Sacra? Perguntam alguns!..

    A Via-sacra[1]é uma oração que tem como objectivo meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo. É o reviver dos últimos momentos da sua vida na Terra. São 15 estações, que nos ajudam a percorrer um caminho espiritual e a compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por nós ao ponto de se deixar matar, sofrendo muito, para que todos nós aprendêssemos o que é verdadeiramente amar".

       Para outros: “As catorze estações da Via Crucis[2] representam os episódios mais marcantes na Paixão e Morte de Cristo. Esta tradição tem origem franciscana e reproduz a "Via Dolorosa", ou seja, o percurso feito por Jesus desde o Tribunal de Pilatos até o Calvário (ou Gólgotha, 'lugar do crânio' em hebraico), em Jerusalém. Desde a sua criação, no século XV, a Via Crucis sofreu modificações ao longo do tempo, mas a sua forma final, catorze episódios, foi finalmente fixada pelos papas Clemente XII, em 1731, e Bento XIV, em 1742”.

 É possível, entretanto, encontrar versões da Via Crucis com quinze estações. O ritual, realizado por milhares de peregrinos há mais de quinhentos anos, consiste em percorrer, assim como Jesus, as quinze estações que recriam os momentos desde a sua condenação à morte até o seu enterro, parando em cada estação para meditar ou rezar.

A celebração da Via-sacra pode também ser feita em qualquer outro lugar, rua, montanha, praia,...os lugares onde se pára, podem estar afastados de metros ou quilómetros (no caso de uma peregrinação a pé). Se possível, devem ser preparados antes, de modo a criar um ambiente de interiorização e evitar distracções durante a realização da via-sacra. Entre as estações pode rezar-se o Pai-nosso ou até uma dezena ou terço no caso de uma grande peregrinação a pé. Também se podem intercalar cânticos em qualquer momento da via-sacra.

Muito mais significativo do que saber se realmente se a Via Sacra ou Via Crucis aconteceu como hoje a conhecemos, é tentar compreender o inesgotável manancial escondido por trás de seus símbolos.

      Parada de Gonta tem os seus talentos e consegue uma representação perfeita na simbologia do tempo. Foram muitas as pessoas que acompanharam o Cristo durante o percurso e verificaram-se alguns semblantes tristes daqueles que acompanhavam e levavam estas cenas mais a sério. Alguém a quem lhe corriam as lágrimas pela face, quando foi abeirado dessa razão, disse que tudo isto lhe fazia muita tristeza e então o rapaz que faz de Cristo (esfarrapado e descalço) deve ter sofrido muito.

       Foi um espectáculo excelente como outros que o Grupo "Os Amigos" nos tem brindado e estão todos de Parabéns."

(1)-http://victorix.no.sapo.pt/via_sacra/via_sacra_1.htm

(2)-http://www.auxiliadora.org.br/viasacra/

 

 Ver Vídeo da Via-Sacra - 2009 
 (publicado no h5 Parada de Gonta)

Ver Vídeo da Via-Sacra-2008

A todos que visitam o Arte por um Canudo 2 .....

BOA PÁSCOA!.....

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

Cristo..Simplesmente!..

Pintura a acrílico s/tela com 65x50

Pintura realizada para o tema do blogue.

Semana de reflexão sobre a vida e morte de Cristo.

Gosto da imagem de Cristo e pinturas de Cristo existem conforme a sensibilidade da pessoa que os vê no seu interior. Umas serão mais de acordo com os padrões da igreja, outras serão de acordo com os padrões da arte como forma inovadora em oposição à forma tradicional que nos foi transmitida através dos tempos.

Como produto da arte e o gosto por Cristos, sem estar dentro dos padrões da igreja e ou na forma de oposição através da arte, venho fazendo Cristos (Cristo não Sofredor e o Olhar de Cristo) por simples entretenimento e respeitando a fé de cada um.

A todos os visitantes deste blogue DESEJO UMA BOA PÁSCOA!..

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Postal de Parada de Gonta..32

Conclusão das obras no Jardim de Santa Ana.
Parece campanha mas não é..as obras estão a aparecer e mais vale divulgar.

Fase Primaveril do Jardim de Santa Ana com realce para aquela árvore/Tília que foi replantada neste jardim, foi tirada doutro local devido ao  alargamento da via.

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Final da Taça de Portugal - Futebol Feminino


Sandrine e Tânia mostrando a Taça às gentes de Parada de Gonta

 

Também vamos ficar na história da Escola Futebol Clube  Molelinhos!..

Logo pela manhã, dia 4 de Abril de 2009, Carlos Alberto, Joaquim Carrimal e Agostinho Silva, deslocaram-se para a Vila de Cucujães onde se iria disputar a Final da Taça de Portugal entre a equipa do Boavista e o Molelinhos, equipa onde militam 2 jogadoras de Parada de Gonta e também algumas ex-alunas minhas.

Chegando pelas 11 horas ao campo onde se ia disputar a final, foi uma desilusão ver aquele campo a receber uma Final de Portugal. Apenas com uma bancada, e com uma parte de peão por trás da baliza muito mal tratada com relva bravia, cheia de altos e baixos, alguns ferros de balizas velhas por lá andavam o que se tornava um perigo se eclodisse algum tumulto.

Depois de darmos uma volta pela Vila aproveitamos uma tasquinha para uma churrascada e novamente regressámos ao campo, só que fomos cedo para ir para a bancada onde possivelmente não deveria oferecer o perigo do peão.

O jogo finalizou no tempo regulamentar com um empate a 1 bola, seguindo-se o prolongamento com cada uma das equipas a marcar novamente, ficando o final a 2-2. Na marcação das grandes penalidades a escola de Molelinhos levou a vantagem na melhor de 5, marcando 4 contra 2.

Foi um jogo muito renhido com muita gente a assistir onde não faltou o entusiasmo, a emoção e a alegria pela vitória alcançada.

Pena é que para uma Final da Taça de Portugal, os dirigentes da Associação Portuguesa de Futebol não tenham dado dignidade ao evento marcando o jogo para um campo que se exigia melhores condições atendendo que se tratava de uma Final da Taça de Portugal em Futebol Feminino. Campo esteve totalmente cheio e assistência encaixada como a sardinha.

Fica a recordação do jogo que fica para a história da ESCOLA FUTEBOL CLUBE MOLELINHOS.

PARABÉNS À EQUIPA POR TÃO VALOROSO FEITO E ÀS NOSSAS CONTERRÂNEAS SANDRINE E TÂNIA.

 

Ver o emocionante vídeo de tributo à Escola Futebol Clube.

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