![]()
Que raio de crise é esta que nunca mais se vai embora. Quando há uns tempos se falava na crise, dizia-se que é coisa de americanos ou antes são especulações americanas, até porque se julgava que estávamos protegidos por uma europa unida que nunca ia deixar cair os países do seu seio.
Pois é o que se vê, união da europa é só para interesses dos países mandões, porque união na partilha e na interajuda das dificuldades, não é nesta europa do salve-se quem puder. Que digam os Gregos, os Portugueses e até os Espanhóis com a falta de solidariedade existente nos países do Euro.
Para eles a solidariedade é empobrecer os países acima citados, sempre com mais austeridade, a troco duns euros que depois são pagos em juros a peso de ouro.
Enquanto a crise não se vai embora, cada país a gere à sua maneira e Portugal também a gere conforme os governantes acham segundo as suas opções politicas. Se se concorda ou não com esta forma de gerir a crise, por mim não concordo, porque acho que empobrecer um país e o seu povo para ser competitivo não parece o mais correto.
A melhor forma de curar a doença é evitá-la, prevenindo-se, e não procurar tê-la para depois curá-la. Empobrecer ostensivamente um país para depois ser competitivo para ganhar riqueza, são teorias que nunca foram confirmadas.
Desde os tempos de entrada de Sócrates (2005) no governo que a função pública viu as suas progressões e salários congelados, nem toda a função pública mas pelo menos nos professores foi assim, e já se falava na crise e mais crise e por conseguinte por causa da crise foram degradas e muito as condições dos funcionários públicos.
Como se não bastasse o congelamento dos salários, a degradação das condições de trabalho, a perca de direitos consagrados na constituição da república, veio mais uma medida do governo de Sócrates contra os funcionários públicos, o corte no vencimento de 5 a 10% conforme a situação. Mas a crise continua…afinal tantos cortes para quê?
Depois caiu o governo de Sócrates e a crise continua..pois bem, quem é que vai pagar a crise com o novo governo de Passos Coelho? Fácil de adivinhar! Novamente a classe trabalhadora, que além dos funcionários públicos é também toda a sociedade (privados) com o corte de metade do subsídio de Natal. Ao menos alguma equidade.
Pois bem, achava eu que ía este governo ser diferente do anterior, equidade para todos. Sol de pouca dura, porque as vozes do outro lado são muito fortes, e como a crise continua, vai ter que se cortar novamente e a quem vai calhar a fava? claro novamente nos funcionários públicos. São fáceis de abater e são muito dóceis. Não têm aquelas corporações fortes como do outro lado e os sindicatos que os representam andam perdidos. Agora o corte é completo vai o subsidio de Natal e o subsidio de Férias e mantendo-se o corte dos 7 a 8% do Sócrates, o ano de 2012 vai ser acima de 30% a menos no rendimento. Isto é um roubo.
Mas a crise não fica por aqui…até porque o tribunal constitucional decretou que era inconstitucional os cortes serem só na função pública por razões de equidade. Pois bem, aproveitou o governo também para cortar no privado.
Aumentam-se os impostos, cortam-se nos salários, cortam-se os subsídios, cortam-se os feriados, pagam-se as portagens e taxas moderadoras, aumenta o desemprego e o deficit não baixa!. Para onde vai o dinheiro? Que raios de contas fazem estes governantes?
Mas mais ainda, são precisos mais cortes e agora vem a troika ensinar ao governo português onde se pode cortar 4 mil milhões nas despesas. Como se eles fossem uns anjinhos e não soubessem onde cortar.Pois já se sabe e não é preciso ser advinho. São sempre os mesmos a levar a porretada.
A crise veio e não se quer ir embora…para muitos é má mas para alguns até é boa.
Os mandões continuam na boa e o bolo não é tão repartido…