Desligar o complicómetro é o que se pede neste complicado início de ano letivo de 2018/2019.
Com a introdução dos Dec. Leis 55/2018 e Dec.Lei 54/2018 de 6 de julho, deu-se inicio a mais uma fase conturbada dos currículos para todos os ciclos, gestão flexível é o que se pede e educação inclusiva é um direito para todos os alunos.
Com o desacordo entre sindicatos dos professores e governo na contagem do descongelamento da carreira, isto vai dar muitas dores de cabeça e algumas até vão rolar.
Esta semana foi de reuniões de preparação do novo currículo Dec. Lei 55/2018 (flexível) em todas as disciplinas e também como se deve operacionalizar o Dec. Lei 54/2018 sobre educação inclusiva. Nestas reuniões uma coisa é certa, quem dirigiu as reuniões só dizia: temos que desligar o complicómetro porque isto é mesmo muito complicado.
Na educação inclusiva, segundo este decreto-lei, deixa de haver alunos NEE e passam todos a serem tratados da mesma forma. Imagine-se agora as turmas com alunos sem problemas! Eles estão lá, não contam é para as estatísticas. Também não devem contar para redução de turma porque não existem NEE, por isso, são todos tratados da mesma forma e contam da mesma forma.
Voltando ao inicio do ano escolar, verifica-se que os prazos são pequenos para entrada das diretrizes dos novos Dec. Lei, até porque falta uma semana para inicio de aulas letivas, ou seja, aulas com os alunos e existe muitos problemas por resolver e ainda muito para fazer.
Se juntarmos as ameaças dos sindicatos sobre o desacordo, o que aí vem, vai ser penoso e iremos ter muita tinta a escorrer em linhas tortas, dando uma imagem do que não é, porque para uma construção/implementação sadia dos currículos tem que haver serenidade e consciencialização do que se está a fazer.
Não vai haver tempo para implementação séria dos currículos, flexibilizando, e atendendo à educação inclusiva.
Esperemos que as coisas se acalmem, porque as escolas precisam de paz, serenidade e sem stress, para poderem fazer um arranque sério do ano letivo.
Bisbilhotada