Hoje, dia 18 de abril, assisti a uma reunião de trabalho, é assim que se diz, para não trair a sensibilidade de alguns, sobre Planeamento e Gestão Curricular, enquadrada nos decretos 54 e 55 de 2018. Pois bem, assisti porque fui convocado, assim como todos os colegas que tinham componente não letiva ou outra que não implicasse perda de aulas com os alunos. Acredito que novas teorias e novas formas de atuação com alunos e comunidade educativa aos poucos melhoram o que já foi feito, mas transformar radicalmente e reduzir o existente a nada, aí é que não, isto em minha opinião. Fiquei com certa sensação de frustração. Os argumentos para tal transformação são bem fundamentados, pessoas bem preparadas, e até parecem fáceis de introduzir, ficando a sensação que estamos fora destas novas teorias e o que estamos a fazer está aquém do que devia ser feito, não estará bem e tem que ser mudado. Que se melhore o que está feito e caminhando dando o passo de acordo com a passada é o caminho a trilhar. Se para cada tarefa, cada atividade, cada projeto ou cada conteúdo ministrado é preciso criar grelhas de monitorização, articulando-as com os diversos documentos ( PAA, conteúdos, currículo da disciplina, objetivos, competências, perfis de saída, etc.) dando-as a conhecer aos alunos e aos diversos atores educativos, onde é que começam e onde acabam estas grelhas. Haverá grelhas para contabilizar os passos que vão desde a sala dos professores até à sala de aulas? E ao quarto de banho? No futuro parece que sim! Pergunta-se, onde está a inovação que tanto se fala, a criatividade que tanto se pede, a liberdade para dar asas à imaginação de um projeto que à partida já está registado numa grelha com todas as fases desde o início até à sua conclusão.
Fica o desabafo.
Bisbilhotices