Lider e Lideranças..que futuro?
Decreto-Lei n.º 75/2008 de 22 de Abril, vem completar o quadro de mudanças introduzidas na organização e na autonomia dos estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.
A questão que se levanta é se precisamos de gestores ou lideres nas escolas?
Baseado num trabalho de 2005 e a conclusão é a seguinte:
A nova socialização conduzirá os sujeitos para a mudança e inovação permanentes.
A esse tipo de contexto dificilmente se adaptará a ideia de gestor, entendido como alguém que, nele próprio, detém as soluções.
O líder será aquele que, cada vez mais, aceita partilhar o poder interno para que possa mobilizar a adesão dos subordinados aos objectivos da organização. O líder será alguém que influência mais do que comanda e que detém mais autoridade do que poder.
É preciso ter em conta a importância que a liderança passou a ter nas organizações actuais, pela necessidade permanente de mudança e exigência de inovação.
Parece-nos que hoje e, tendo em conta este conceito de desenvolvimento dinâmico e imparável na gestão moderna das organizações, os aspectos de liderança assumem-se como absolutamente preponderantes em qualquer estratégia de sucesso organizacional.
Contudo em casos específicos como a escola, reconhecemos a sabedoria que transparece nas palavras “a qualidade Educativa não se impõe - constrói-se colectivamente - cabendo às lideranças educativas (gerais e intermédias) o papel de motor enriquecedor em geral e em cada um dos colaboradores” (Castro, 1998).
Em jeito de síntese, fazemos nossa a afirmação de que a liderança se deve conjugar no plural e sendo essa arte levar os outros a querer fazer algo que estamos convencidos que deveria ser feito, assim, transcrevemos a opinião de Costa que, em nosso entender, espelha na perfeição o conceito de líder(s) transformacionais: “ O líder (os lideres) é alguém que aceita o risco da inovação, que se entusiasma, que aspira a transformar o real, que se emociona, que é pró-activo, que interage respeitando as crenças e as convicções do outro” (Jorge Costa, 1999)