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Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

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O Simplex no Modelo de Avaliação dos Professores

Depois de ver a Ministra da Educação anunciar o simplex no modelo de avaliação dos professores, orquestrada numa reunião extraordinária de Conselho de Ministros e muito badalada nos órgãos da comunicação social, dá para entender pelo ambiente gerado que a montanha pariu um rato.
Toda a opinião pública já entendeu que o modelo é inexequível e de nada serve para a verdadeira finalidade de suporte à melhoria das aprendizagens dos alunos e qualidade do ensino. Todos já entenderam que é o modelo em causa a principal discórdia entre os actores educativos e o ministério da educação à excepção da ministra e também deste sábio Conselho de Ministros que parece não entenderem a mensagem.
Foram identificados pelo sábio Conselho de Ministros com a Ministra da Educação sete medidas que há muito eram reclamadas pelos professores como pontos de travão à concretização deste modelo de avaliação.
Só agora, no final do 1º período, apesar de todos os avisos dos professores e seus representantes para uma decisão que já não chega a tempo de evitar o mal-estar que se instalou na classe e ao entendimento que se pretendia. As medidas anunciadas são sete:
- Primeira medida, garantir que os professores são avaliados por avaliadores da mesma área disciplinar.
- Segunda medida, dispensar, neste ano lectivo, o critério dos resultados escolares e das taxas de abandono, tal como recomendado pelo Conselho Científico da Avaliação dos Professores.
- Terceira medida, rever e simplificar as fichas de avaliação e auto-avaliação, bem como os instrumentos de registo.
- Quarta medida, dispensar as reuniões entre avaliadores e avaliado sem caso de acordo tácito (quer sobre os objectivos individuais, quer sobre a classificação proposta).
- Quinta medida, a observação de aulas fica dependente de requerimento dos interessados e é condição necessária para a obtenção da classificação de Muito Bom ou Excelente.
- Sexta medida, reduzir de três para duas o número mínimo de aulas a observar, ficando a terceira dependente de requerimento do professor avaliado.
- Sétima medida, simplificar o regime de avaliação dos professores avaliadores e compensar nos respectivos horários a sua sobrecarga de trabalho
Foi uma boa oportunidade para acabar com este modelo de avaliação e avançar para outro com o consenso de todos à necessária paz no reino da educação.
Não era um recuo mas uma medida sábia perceber-se que o modelo assenta em alguns princípios que nasceram tortos e tortos hão-de continuar. Não quiseram e continuam a insistir num modelo todo esfarrapado só para manter uma teimosia doentia do “é este e não abdico”.

Falta ainda saber o que diz a ministra na forma como se consertarão os remendos que foram feitos no modelo, mas não me parece que seja a solução para que tudo volte à normalidade

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

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