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Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

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25 Abril de 2017!. A Geringonça de Abril

Geringonça.jpg

(Desenho e pintura em aguarela feito especialmente para comemoração do 25 de Abril de 2017.)

Faz hoje 43 anos que se fez a revolução de Abril. São 43 anos de liberdade, de democracia, de igualdade, de oportunidades iguais, de direitos iguais, de pensar e agir sem medo. Faz 43 anos em que o povo mantém a esperança nos ideais da revolução. Mas será que estes ideais foram concretizados? Há quem diga que sim mas a uma boa parte do povo dirá que não. Ainda são muitos aqueles que sofrem na pele a arrogância de certos senhores, o desemprego, a miséria, a fome, a falta de habitação, justiça desigual, porque não nos esqueçamos que ainda recentemente tinha-mos uma Troika, adepta da austeridade, que nos fustigou com medidas que nos empobreceram e deixaram o país e o povo sem esperança em dias melhores.

O Abril duma sociedade com os sonhos de igualdade, fraternidade, liberdade e justiça para todos foi-se.

Durante este reinado, os ideias de Abril afastaram-se e parecia que não iriam mais voltar, até surgir a geringonça, aliança de partidos anti austeridade, que parece nos querer doar novamente a esperança.

Assim, atualmente, sem troika mas com a geringonça, existe uma réstia de esperança com as promessas do virar da austeridade.

Ao fim de 43 anos de revolução é justo continuar a perguntar o que falhou? Os ideais ou a política?

Claramente na minha opinião foi a política feita pelos nossos políticos apadrinhados por políticos estrangeiros debaixo do manto da Troika.

Como tudo neste país, se foi perdendo e o verdadeiro sentido de Abril também, mas recordo com orgulho o ter assistido a data tão importante (ver a minha 1º lição sobre Abril) e tenho esperança que o verdadeiro significado do 25 de Abril dos sonhos, um dia ainda venha acontecer.

Viva o 25 de Abril!..

Viva a Liberdade!.

Poema de Abril

Imigrante não defendas

O Portugal do passado

Vê bem que dele fugiste

Por tudo te ser negado.

 

Teu Portugal é de hoje

O de ontem nunca foi teu

Não te iludas não defendas

Quem nunca te defendeu.

 

P'las portas que Abril abriu

Podes entrar à vontade.

E sem medo ergueres bem alto

Teu grito de liberdade.

 

Nesse tempo derradeiro

O tempo do Padre António

Ninguém acendia o isqueiro

Com medo desse Demónio.

 

Agora acende à vontade

Sem ter medo nem tonturas

Deu-lhe o braço a liberdade

Já não teme as queimaduras.

 

Poema de Zé Carrapato (Emigrante português)


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Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)