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Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

Arte por um Canudo (Blog do Agostinho)

Dizer o que vai na alma é dar voz ao que sinto! Arte sem Arte é uma outra forma de Arte! Arte e Educação são a Paixão.

Onde pára o 25 de Abril?


Desenho a lápis de cor e aguarela

 

Foi há 35 anos!..

Que se deu o despontar de uma aurora na penumbra das trevas que amordaçavam o país, numa morte sem esperança para o povo português, que nasceu a liberdade acabando-se com o medo.

Foi o eclodir da esperança dum povo de olhos vendados que não tinha direitos, era injustiçado, não tinha liberdade de expressão, era psicologicamente amordaçado pela censura, não promovia a paz e fazia a guerra sem questionar porquê.

Recordar as conquistas de Abril com o regresso dos políticos exilados, as grandes manifestações com os cânticos de esperança que enchiam qualquer praça, o poder de discutir e dar a sua opinião nas assembleias, o escrever sem medo, o poder de pertencer como homem livre a qualquer órgão ou instituição, lutar pelos direitos do trabalhador, fazem parte do baú que hoje, passados 35 anos da Revolução de Abril, parecem estar a desvanecer.

Passados 35 anos a esperança do povo de Abril vai-se desvanecendo à medida dos anos passados. A sociedade de lazer que estava prometida não chegou. Com o advento da globalização certos direitos começaram a ser postos em causa com o objectivo da produtividade e do lucro, o homem torna-se uma máquina produzindo cada vez mais, e sempre com objectivos de lucro mais elevados, levando a que haja mais produto para vender do que aquele que pode ser comprado, dando-se o colapso e abrindo uma crise financeira que não se sabe quando terminará.

As conquistas de Abril foram-se desvanecendo e foram postos em causa os direitos dos trabalhadores, o direito ao trabalho, a fome começa a imperar, a liberdade de se expressar a ser questionada, a degradação dos valores morais e éticos foi uma constante, a falta de solidariedade, tudo fruto do egoísmo dos homens em favor dum capitalismo selvagem do qual os nossos governantes também foram responsáveis.

Como tudo neste país, vai-se perdendo o verdadeiro sentido de Abril, mas recordo com orgulho o ter assistido a data tão importante (ver a minha 1º lição sobre Abril) e tenho esperança que o verdadeiro significado do 25 de Abril ainda venha acontecer.

 

O sentir dum emigrante (num comentário)

Emigrante não defendas
O Portugal do passado
Vê bem que dele fugiste
Por tudo te ter negado

Teu Portugal é o de hoje
O de ontem nunca foi teu
Não te iludas não defendas
Quem nunca te defendeu

P'las portas que Abril abriu
Podes entrar à vontade
E sem medo ergueres bem alto
Teu grito de Liberdade

P'las portas que Abril abriu
Entras sem amo e sem aio
E verás que hás-de encontrar
O teu 1° de Maio

Do amigo Zé Carrapato

 

Amigos do ARTE POR UM CANUDO (blog do Agostinho)

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