Depois da reunião em 7 de Janeiro de 2010, em que foi celebrado o acordo de principio entre os Sindicatos e a Ministra da Educação, Isabel Alçada, amanhã, dia 20 de Janeiro de 2010, vão-se reunir novamente os mesmos protagonistas, tendo na agenda de trabalhos um dos pontos polémicos no que diz respeito à sua interpretação “horários de trabalho” e que é preciso definir claramente o que é componente lectiva e componente não lectiva, visto que tem sido esta falta de clarificação que tem levado muitas escolas a abusarem das horas atribuidas aos professores. Convém clarificar o que é trabalho com alunos e o que é trabalho burocrático. Chama-se componente não lectiva ao trabalho com alunos, desde Aulas de Recuperação, Substituição de Professores, Clubes,Tutorias, Apoios, Biblioteca, Salas de Estudo, etc.. Porque é que se há-de chamar componente não lectiva a este tipo de trabalho com os alunos e dentro de sala de aula? Pois muito bem, isto interessa ao ministério da educação e para a opinião pública passa que os professores só têm 22 horas no seu horário de trabalho. Serão assim muito fáceis de atacar tirando-lhes a razão para qualquer protesto. É esta clarificação que é preciso desmontar. Já basta a tralha que não fazendo parte de qualquer componente lectiva ou não lectiva, nem fazendo parte do horário de qualquer professor, mas que tem de ser feita como me referi há uns tempos atrás, num post intitulado “Às voltas”, desiludido com toda esta tralha que atrapalha e cito “Às voltas com fichas, mais fichas e ainda mais fichas. Relatórios, mais relatórios e ainda mais relatórios. Actas, mais actas e ainda mais actas. Programações, avaliações de diagnósticos, matrizes, inventários, projectos para clubes, planos de recuperação, de desenvolvimento e de acompanhamento, planos de apoio pedagógico, metas para o ano que vem, planificações, fichas de avaliação de professores, fichas de auto-avaliação e reuniões, mais reuniões e ainda mais reuniões dão origem a actas, mais actas e ainda mais actas. Às voltas....”.
Está na altura de dizer basta!..