EVT, EVT..sempre em PAR.
O dia 4 de Março de 2011 foi de vitória para EVT e para a qualidade do ensino. A luta de EVT neste 1º round chegou ao fim. Diz-se 1º round (parece um ringue de boxe) porque a ministra em conferência de imprensa no Porto disse que não vai baixar os braços e tudo vai fazer para que novamente as medidas do Dec-lei 18/2011 comecem a vigorar. Pois EVT, disciplina penalizada no Dec-lei 18/2011, com o fim do par pedagógico, teve uma luta intensa, justificando as medidas do referido 18/2011, como sendo medidas economicistas, sem qualquer fundamentação cientifico-pedagógica que vinham prejudicar o ensino e piorar a sua qualidade.
Esta luta iniciada a 15 de Janeiro com um encontro em Aveiro, promovido pela Associação Nacional de Professores de EVT, onde foram discutidas iniciativas importantes e aprovada a sua calendarização que viraram o rumo dos acontecimentos e nos levaram à vitória que só não é final, porque a ministra não aceita a votação da vontade da maioria dos parlamentares na Assembleia da Republica.
O Dec-lei 18/2011 que previa a redução do par pedagógico de EVT, também contemplava a extinção da área de projecto, o estudo acompanhado (em parte), além da redução das horas para apoios e outras reduções. Diziam os sindicatos e outras entidades que pelas suas contas, seriam 30.000 professores para o desemprego, sendo 7.000 de EVT. Já se sabia à partida que todo o professor contratado de EVT, a maioria com uma dezena de anos de serviço, não teria qualquer hipótese de emprego e os do quadro seriam também muitos a ficar sem horário.
Para que não haja dúvida sobre as declarações dos nossos governantes, quando dizem que não vai haver despedimentos, pode até ser verdade em relação aos do quadro, mas os contratados não teriam os seus contratos renovados, o que nas estatísticas e aos olhos dos que não querem ver, não contam como despedimentos.
Como o Dec-Lei 18/2011 incidia principalmente num grupo específico, era o de assassinar a disciplina de EVT, tal como ela é, com componente teórica/prática de Formação Tecnológica e de Formação Visual, além dos professores deste grupo serem os principais atingidos, deram a cara à luta e lutaram com as armas que tinham para que fossem ouvidos, demonstrando civismo, sem prejudicar ninguém.
A luta pelo par pedagógico de EVT foi justa, digna e deve ser levada em conta por qualquer classe social. Sem alaridos de greves, paralisações ou boicotes, souberam com criatividade mobilizar socialmente os pais e os alunos, os políticos e até a comunicação social. Estão de parabéns, até porque outros milhares de professores poderão não perder o seu emprego, devido à sua tenacidade e persistência.
Isto é um elogio..
Estão de parabéns os professores de EVT e a sua Associação Nacional de Professores de EVT, na pessoa do seu presidente, José Alberto Rodrigues e a sua equipa, que souberam conduzir muito bem esta luta.
EVT sempre…em Par.