Sábado com o Acordo Ortográfico.
Foi assim que se passou o Sábado..
Fiz parte dos 250 professores que se deslocaram para Carregal do Sal para assistir a uma formação sobre o Acordo Ortográfico.
Depois de uma semana de trabalho muitos dos professores a um Sábado lá se deslocaram para uma ação de formação sobre o Acordo Ortográfico.
Esta ação foi paga pelos próprios professores, a deslocação e o almoço. Não é como em certas carreiras que a formação é paga pela entidade patronal / instituição que a fornece e nas horas do seu trabalho. Depois não venham dizer que esta classe profissional é priveligiada. Depois ainda se fazem contas de quem é mais privilegiado ou de quem ganha mais. O que os professores ganham é real, sem subsídio de alojamento, como está na moda, sem subsídio de deslocação, a sua formação é paga do seu bolso e aos Sábados para não interromper as aulas, e sem qualquer subterfúgio que encubra o vencimento.
Voltando à ação de formação a minha curiosidade era saber que regras eram tidas para que certas palavras da mesma familia fossem escritas de forma diferente. O que eu ouvi por quem sabe é que é assim e porque faz parte do acordo ortográfico. Todas as regras têm exeções e neste acordo são imensas.
Já toda a gente sabe que os c e p nas palavras desaparecem mas no caso dos hifen é que a coisa é negra. Vai ser muito dificil explicar aos alunos uma coisa que não se consegue explicar. De qualquer forma deixa-se aqui algumas regras que são usadas no caso do hifen.
Dum modo geral, em grande parte das situações deixa de se usar hífen em palavras prefixadas.
Por exemplo, passa a escrever-se codependente e contraindicação em vez de co-dependente e contra-indicação.
Mesmo nos casos em que o segundo elemento da palavra prefixada começa por r ou s deixa de se usar hífen, duplicando-se antes essa letra: antirrevolucionar e não anti-revolucionar, contrassenha e não contra-senha.
No entanto, continuam a existir alguns casos em que o hífen é usado em palavras prefixadas: quando a palavra prefixada começa por h (anti-herói) e quando a última letra do prefixo é igual à primeira letra da palavra prefixada (mantém-se contra-ataque, por exemplo).
Existem outras exceções, nomeadamente as que envolvem as consoantes nasais m e n, que, nos casos em que a sua aglutinação ortográfica implique uma leitura indesejada ou uma violação das restrições contextuais (e.g. *np) da ortografia do português, continuam a escrever-se com hífen: mantém-se, pois, circum-navegar
e pan-brasileiro.
Os prefixos átonos como co-, re-, pre- ou pro- representam outra exceção, sendo sempre escritos sem hífen, mesmo quando a primeira letra do segundo elemento repete a última do primeiro (por exemplo, nas palavras cooperação e preencher).
Há ainda alguns prefixos que levam sempre hífen: ex- (com sentido de anterioridade), e prefixos graficamente acentuados como pré- e pró-. Em todos os outros casos, as palavras prefixadas não são divididas por hífen.
As locuções, quando o eram, deixam de ser escritas com hífen: fim de semana e não fim-de-semana; cor de vinho e não cor-de-vinho.
Do mesmo modo, devem ser escritas sem hífen sequências constituídas pelos advérbios não ou quase e outra palavra: não alinhado, não fumador, quase dito.
Passa a ser obrigatório (anteriormente opcional) repetir o hífen na linha seguinte nos casos em que a translineação se faz onde exista já um hífen: anti-/-incêndio.
As formas monossilábicas de haver deixam ser ligadas por hífen à preposição de: há de e não há-de.
Quanto aos acentos deixa-se aqui um exercicio que foi dado na ação. Acentue as palavras sempre que necessário:
“O joão, um rapaz amavel, esta a observar o ceu, de onde provem uma luz misteriosa que parece constituida por aneis multicolores. Do que ele gostaria porem era de poder agarra-la. O joão ate já contou ao avo que este e um desejo que o corroi incessantemente. Preocupado, o avo fe-lo prometer que deixaria de pensar em coisas excentricas:
- Para imediatamente de pensar que es um heroi que pode chegar aos asteroides! Pareces possuido por um virus!..
Mas aquele ceu cor de ambar que o joão esta a ver e um fenomeno e nos sabemos que os rapazes tem de sonhar com o que veem ou com o que leem e tresleem. E importante que lhes demos os espaço para sair do mundo real”.
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