Dos Mega agrupamentos para as Mega ansiedades
Já corre nos blogues a circular que chegou às escolas com instruções para o preenchimento de dados para que se introduzam e se façam as actualizações na plataforma sobre cálculo de atribuição de créditos horários a atribuir aos agrupamentos de escolas e às escolas não agrupadas (AE/ENA) para o próximo ano lectivo 2012/2013 até dia 08 de Junho. É através deste processo que se vai dizer quais dos professores tem componente letiva no agrupamento e quais são os que passam a DACL.
Com esta circular e com a confirmação do “Megaagrupamento – AELajeosa + AETondela + Molelos” foi num ápice o que se viu na escola, a ansiedade a tomar conta dos professores fazendo contas ao total de professores do Mega agrupamento em que estão inseridos, em cada disciplina, para tentar saber o ponto da sua situação. O que se viu foi ansiedade a ultrapassar os limites começando o sofrimento por antecipação, e sabendo-se os resultados negativos que estas situações acumulam.
Este é um país de loucos, dizia um, ao fim de 25 anos de serviço e depois de ter andado com a casa às costas durante uns anos até estabilizar, parece que vou ter que voltar novamente ao mesmo, com a sacola aos ombros para arranjar trabalho.
Algumas lágrimas notam-se ao canto do olho dos vários professores ali presentes. E não é para menos. As coisas complicam-se mesmo para aqueles que julgavam que sendo do quadro das escolas estavam estabilizados.
E os professores contratados, muitos até com bastantes anos de serviço, a ansiedade que irá neles, sabendo-se que estes é que não tem qualquer hipótese de colocação.
Os dias que correm, espera-se clarificação para a organização do ano letivo, serão duma super mega ansiedade para todos os docentes.
O que não se compreende é este pedido às escolas se ainda faltam definir as orientações sobre as disciplinas, sobre os desdobramentos, sobre a gestão dos agrupamentos e muitas outras coisas sobre a organização do ano letivo. Primeiro lançam a lebre e depois é que ditam as regras.
Também que é que se pode contar dum governo que não olha para o seu povo e acha que é prioritário mostrar serviço ao estrangeiro custe o que custar.
São muitos os professores que terão que sair, procurar trabalho fora do país como alguém do governo em tempos sugeriu, mas um dia estes quererão governar e não têm ninguém para governar.
O certo é que os megas começam a estar definidos e a circular das dispensas já chegou o que leva os professores a esperar ansiosamente por uma tábua de salvação que nunca mais chega.
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