Após a posse.
Depois da euforia vem o desalento.
Se pudesse voltar atrás, diria que não concorreria às eleições autárquicas para a Junta de freguesia. E porquê? Diriam alguns!
A transferência de poderes de uma junta para a outra tem sido penosa, as pessoas não participam no jogo limpo deixando alguns truques na manga para que esta nova junta escorregue e possa ser acusada de algo que não sabe. Existem compromissos formais e informais que hipotecam o trabalho dos novos membros para todo o mandato.
Que fazer? Acabar com eles ou deixá-los vigorar é o dilema.
Nestes compromissos existem dividas a credores capazes de despertar qualquer moribundo das atrocidades que se fazem. O que é mais incrédulo é a forma como se contraíram dívidas e se vendeu património depois de saberem que tinham perdido as eleições.
Não é justo e para que estas coisas não aconteçam o governo tem que pôr cobro a este tipo de situações.
Na minha opinião bastava que para isso fosse decretado:
-três meses antes de qualquer eleição não poderá haver inaugurações;
-esse período será para fazer o trabalho que falta e deixar as contas a zero;
-não poderá haver qualquer compromisso que possam hipotecar os próximos mandatos;
-não poderão contrair qualquer dívida durante esse período;
-na altura das eleições serem anunciadas as obras que se fizeram e onde foram gastos os dinheiros públicos.
Seria uma forma de moralizar todos aqueles que são eleitos aos olhos da população e acabar com este folclore.
"Arte por um Canudo 2"