Acreditar na mentira..
A bisbilhotice semanal vai para aqueles que ainda acreditam naqueles que lhes mentem.
A mentira é como a doença, depois de enraizada é muito difícil a cura. Sim cura, e digo bem, embora não seja para todos, porque enquanto a uns pode ser uma doença à maioria é porque lhes traz benefícios. A quem interessaria uma mentira se não fosse em proveito próprio? Claro que sim, será a resposta adequada.
Estamos a aproximarmos de eleições e as promessas começam a aparecer. Os cortes nos vencimentos da função pública vão ser repostos a um ritmo de 20% ao ano. Mas estes cortes quando foram implantados não eram só durante a vigência da Troika? Pois foi-se a Troika e a promessa. O prometido fica para nova promessa que será para além das eleições e para o ano de 2019. Outros impostos como a contribuição extraordinária também têm as suas promessas. Ainda haverá quem acredite..
Ainda recentemente a Ministra das finanças, Maria Luísa Albuquerque, para mostrar os seus bons dotes de economista de 1ª ordem e boa gestão da pasta ao seu cuidado, afirmou aos olhos do mundo e para aqueles que julgavam uma missão impossível, que os cofres do estado estão cheios. Ora bem, se o povo não berrasse nas ruas a pedir pão, até um cego acreditava. Agora por sinal também quer cortar 600 milhões nas pensões dos reformados porque acha o sistema de segurança social insustentável, mas se os cofres estão cheios, o porquê destes cortes.
Depois admiram-se pela degradação social que o país apresenta. São os conflitos entre as pessoas, a compreensão de coisas simples torna-se complicada, cada vez as pessoas irritam-se mais, os maus tratos a crianças e os conflitos entre casais acentuam-se, as depressões são cada vez mais e mais perigosas e porquê? A falta de emprego e o aumento exponencial de familias desempregadas, as idas dos jovens para o estrangeiro, os pais a ficarem sozinhos com a família a separar-se, os que tem emprego para mantê-lo até trabalho escravo fazem, tudo isto é parte integrante da vida de cada um, o que leva ao desespero e à degradação da vida das pessoas e ao que se chama convulsões na sociedade. E mais uma vez porquê? Porque se acredita nas promessas dos politicos que são feitas durante as campanhas eleitorais, que se vai acabar com o desemprego e melhorar as condições de vida de cada um. Depois é a desilusão.
O que irrita é que se continua a mentir, e não é por doença, e ainda existem muitos que continuam a acreditar em quem lhes mente.
Não é de vacinas para a cura da doença que o país precisa mas sim de honestidade em quem nos governa.
Bisbilhotice semanal