Faz de conta que é "escola".
Foram duzentas e vinte mil crianças (220.000), repartidas entre o 1º ciclo e o 2º ciclo do ensino básico, que fizeram as provas nacionais finais de Português, em pleno mês de maio, e durante o decorrer do ano letivo.
Fácil é ver, que a maioria dos professores não vê com bons olhos estas provas, que se realizam durante o decorrer do ano letivo. São programas, que ainda não foram cumpridos, e matérias que não vão ser dadas, porque dizem alguns que o ano acaba aqui para estes alunos e são também perturbações no normal funcionamento de uma escola.
Quem estivesse atento, hoje, a uma escola que tivesse exames do 4º e 6º ano, e que tivesse os outros anos a ter aulas, verificaria que estas eram diferentes do habitual.
Os alunos pareciam autómatos de tantas imposições /obrigações que tinham que cumprir e de tão vigiados que estavam para não fazerem qualquer tipo de barulho, que a escola mais parecia uma fábrica de treinamento.
As aulas eram um faz de conta, porque como diz uma professora, dar os lusíadas sem entoação, tem a mesma beleza que tocar violino num funeral. Outra também dizia, que mais valia colocar-lhe fita-cola na boca, porque a sua forma de ensinar não era em silêncio, mas com a voz que lhe vem da alma.
Pois bem, a maioria das escolas estiveram abertas aos alunos dos anos que não fizeram prova, mas não cumpriram a sua missão educativa para com eles, funcionando como um entretém, diga-se antes como um armazém de jovens, enquanto outros, os que faziam os exames nacionais, mereciam e exigia-se que fossem mais respeitados.
Se querem levar estes exames a sério, têm que os respeitar, assim como aos alunos que os fazem. Exames e aulas nos mesmos espaços não são uma simbiose perfeita. Uns requerem silêncio e concentração e outros trabalho e alegria.
Quanto à prova segundo os alunos parece ter sido acessível mas..
Obs: