O que resta deles!
Ah! que saudade!..
Ah! que saudade!..
Agora que resta
aquele campo de mortalha,
outrora de batalha.
Agora que resta
aquele cheiro
penetrante, arrepiante,
aquele pó cinzento,
feito desalento,
marca assassina,
réstia de tudo
mão cheia de nada.
Ah! que saudade!...
Daquele verde, alento,
daqueles campos verdejantes,
daqueles troncos
onde gravados
estavam instantes.
Dias escaldantes,
frescos sonhos,
tardes de Verão,
copas de árvores,
refúgio de vida,
preludio de sonho,
de silêncio,
de melodia,
onde a magia
brotava renascia
Ah! que saudade!.
Agora que só resta
a morte esquelética.
De pé
porque de pé
morrem as árvores
mas de pé,
permanecem os sonhos,
que falam de esperança
e de vida
.
Ah! que saudade!...
Autora: Mª. do Céu Costa.