Pura realidade nas escolas!
Numa altura em que se fala que a esperança de vida é cada vez maior e em consequência disso o poder político impõe a reforma aos trabalhadores cada vez com mais idade, próxima dos 67 anos, constata-se que por volta dos cinquenta anos são pouquíssimos os que podem dizer que têm uma saúde de ferro e sem qualquer problema de saúde. Isto quer dizer que existem pessoas que podem viver muitos anos mas a qualidade de vida começam a perdê-la aos cinquenta. Viver sem qualidade de vida não é viver, é sobreviver.
Baseando alguns dados de recolha numa mega escola e no retorno de serviço dos professores, verifica-se que a grande maioria da idade dos professores se situa nos cinquenta ou mais anos de idade e que também a grande maioria destes tem problemas de saúde. Nem se imagina as doenças que existem devido a problemas do foro psíquico relacionados com o stress! Ai as depressões! As listas de mobilidade por doença do ME são das mais compridas. Fazendo disto uma pequena amostra e extrapolando para uma amostra nacional, chega-se facilmente à conclusão que a maioria dos professores aos cinquenta anos estão queimados e vão aguentando com uns remendos de um lado e de outro à espera que o tempo passe.
Quando o poder político fala nas conquistas da longevidade para poder impor idades para a reforma cada vez mais longas está a esquecer-se que a maioria dos trabalhadores estão à espera dessa compensação após longos anos de trabalho, para poder descansar com alguma qualidade de vida. Quantos dos trabalhos são penosos? E se as reformas forem aos 67 anos já não existem esperanças para poder gozar essa qualidade de vida.
Deixem-se de tretas e coloquem a reforma nos patamares justos! entre viver o resto da vida com alguma qualidade ou morrer a trabalhar, ajuízem, qual será a mais justa?
Reforma aos 36 anos de trabalho ou 60 de idade é um direito!
Bisbilhotices